Medidas de contenção e prevenção estão a surtir efeitos. O país está a registar uma redução nos casos de cólera nos últimos dias. A situação está a melhorar, embora os cuidados com a doença continuem a ser importantes.
O secretário de Estado para Área Hospitalar, Leonardo Inocêncio, informou, na segunda-feira, 5 de Maio, em Luanda, que o país registou, nos últimos dias, a redução de casos de cólera, através das medidas adoptadas pelo Executivo e da colaboração da população.
Leonardo Inocêncio, que falava no lançamento do projecto emergencial de capacitação em Gestão Comunitária de Águas para o controlo da epidemia, com vista a dar resposta urgente à doença, informou que na última semana, que corresponde ao período de 27 de Abril a 3 de Maio, foram reportados menos 7 por cento de casos positivos e uma redução de 18 por cento do número de óbitos, comparativamente ao período anterior.
De acordo com o responsável, o país notificou, até ao dia 4 de Maio, um cumulativo de 17.967 casos de cólera e 576 óbitos, com uma taxa de letalidade de 3,2 por cento, referindo que, “das 21 províncias existentes, 17 notificaram casos positivos de cólera, sendo o sexo masculino o mais afectado, com 9.741 casos, representando 54%”, ao passo que “o sexo feminino registou 8.126 ocorrências que corresponde a 46 por cento. O grupo etário com maior número de casos é dos 10 aos 14 anos e de óbitos é o dos 3 aos 5 anos”.
O secretário de Estado para Área Hospitalar, apontou as províncias com maior número de casos reportados, sendo Benguela, com 38 por cento, Luanda, com 19 por cento, Cuanza-Norte, com 10 por cento e Malanje, com 9 por cento.
Em relação ao projecto de formação de líderes locais e técnicos de empresas públicas e privadas de água, disse que o mesmo tem como objectivo promover a gestão comunitária da água como pilar central da prevenção da cólera no país.
A metodologia do projecto, destacou, valoriza o envolvimento das comunidades, sendo esta abordagem, sem dúvida, um avanço importante na forma como se encara a participação activa da população.
Assim sendo, novecentos e setenta e oito agentes comunitários já começaram a ser formados em todo país, uma iniciativa do Ministério da Energias e Águas, em parceria com o Programa de Pós-graduação em Serviço Social e Política Social, do Instituto Superior João Paulo II afecto a Universidade Católica, a acção é uma resposta urgente face à ameaça que a cólera representa. (J24 Horas)
