O Jornal 24 Horas recebeu do Condomínio 11 de Novembro, assinada pela senhora Beatriz Alexandra Silva, a seguinte nota de esclarecimento:
CONDOMÍNIO 11 de NOVEMBRO
Nas últimas semanas têm sido postos a circular vídeos e textos por parte de alguma mídia digital em algumas redes sociais difundindo informações caluniosas e desprovidas de bases que devem caracterizar a informação responsável e seria.
Tendo como pano de fundo apenas denegrir a imagem de pessoas sérias que adquiriram por mérito próprio algum destaque na sociedade, cidadãos há que vêm nisso oportunidade de aproximarem-se com intuito de tirarem proveitos de forma fraudulenta na esperança de colherem o silêncio destes cidadãos ante a pretensa exposição negativa de verem os seus nomes injustamente espalhados na praça pública por gente de má fé.
Serve o presente preâmbulo para trazer luz de verdade ao seguinte:
Na qualidade de proprietária de uma parcela de terreno devidamente documentada em registo predial, localizada na zona da Camama, celebrei no ano de 2021um contrato de parceria com a empresa AREWING, representada pelo senhor Valdemiro Tetiandro Amado da Fonseca.
Este contrato definia claramente o seu objeto que era a construção das infraestruturas e habitações de um condomínio residencial e definia igualmente a partilha dos resultados destas construções para cada uma das partes.
Justificado e fundamentado na necessidade de facilitar e agilizar a mobilidade do parceiro construtor/ financiador, acedi ao pedido de emissão de uma procuração irrevogável em Março de 2022, a favor da empresa FOKITA representada pelo mesmo senhor Valdemiro dando poderes a mesma para livremente desenvolver um conjunto de ações complementares ao objeto do Contrato, obviamente balizadas pelas cláusulas contratuais.
Em pouco tempo, fomos sendo tomados por dúvidas relativas a idoneidade do parceiro, razão pela qual em Maio do mesmo ano, decidimos revogar a procuração mantendo entretanto o Contrato em vigor.
Os signatários da procuração ( eu e o sr Valdemiro) assinamos livremente em Cartório essa revogação, mantendo entretanto a vigência do Contrato
Cerca de 1 ano depois, contrariando o espírito e a letra do Contrato, o senhor Valdemiro sem o meu conhecimento e consentimento terá sub-contratado um conjunto de pequenos empreiteiros tendo com eles repartido o condomínio a troco de casas.
Com base nisso todos eles deram início a um processo de construção de casas inacabadas e posterior vendas, bem como vendas de parcelas de terreno.
Ou seja o senhor Valdemiro contrariamente ao que nos tivera dito, nunca tivera sido construtor e muito menos financiador mas sim um malfeitor que com o nosso terreno arregimentou amigos e partilhou a minha parcela de terra, a custo zero para o proprietário.
Tão logo nos apercebemos deste esquema, em Maio de 2023 rescindimos o contrato e solicitamos a imediata paralização dos trabalhos a todos.
Mais uma vez entre mim e o senhor Valdemiro rubricamos este documento fundamentado em graves violações aos termos do nosso contrato e acto continuo foi levantado um processo crime contra o senhor Valdemiro, na medida em que estávamos já nesta altura a ser assolados por várias pessoas que com ele fizeram contratos usando uma procuração que já tinha sido revogada há 1 ano .
Os vários pedidos de suspensão dos trabalhos na parcela de terreno quer por parte de pequenos construtores, quer por supostos compradores nunca foram obedecidos e percebemos que o objetivo era construir o máximo possível para considerar-se posteriormente um “ caso consumado” a custo zero para o proprietário da parcela.
Mesmo não tendo qualquer vínculo com essas pessoas ocupantes da parcela de terra, promovemos encontros com eles no sentido de impor alguma ordem naquele “ El Dorado “ que todos julgavam ter descoberto mas infelizmente nunca aceitaram encontrar uma solução que respeitasse os direitos dos proprietários, mesmo depois do longo processo que culminou com o despacho da sub-procuradora Geral da República junto do SIC-GERAL sob o processo n 688/024-I que ordenava a entrega do espaço a superficiaria, ou seja a mim.
Este despacho foi simplesmente ignorado e desobedecido tendo os trabalhos continuado ante a impotência dos nossos seguranças no local, que a todo custo contiveram-se para evitarem eventuais e potenciais tragedias.
Socorrendo-se dos serviços da administração municipal, solicitamos ajuda na reposição da legalidade diante de tamanha manifestação de impunidade e desobediência.
O que hoje assistimos é tão somente a ação legal das instituições que têm a obrigação de impedir que o país se transforme num campo de batalha onde impera a lei do mais astuto, o desrespeito generalizado da coisa alheia, a crescente insegurança jurídica do patrimônio dos cidadãos.
Querer de volta a minha parcela de terreno, sem esses casebres lá erguidos é no mínimo legítimo. Não pretendo apoderar-me de nada erguido neste espaço, até porque não é o que pretendemos como modelo habitacional na nossa parcela de terra.
As perguntas de milhões:
1 – Onde pára o senhor Valdemiro, que supostamente seria o interlocutor de toda esta trama junto dos proprietários e que por sua iniciativa terá feito negócio com essas pessoas?
2- Que legitimidade têm essas pessoas a quem é dado espaço de antena para destilarem verborréias contra pessoas com as quais nunca tiveram qualquer vínculo?
3- Quem destas pessoas estarão dispostas para em Juízo confirmar a entrega de um kuanza que seja a proprietária do espaço para hoje considerar-se proprietária ou proprietário de algum lote?
4- Não constitui sentimento de impunidade quando de forma irresponsável órgãos de comunicação social difundem imagens e nomes de pessoas acusando-as de práticas que lhes são completamente alheias, procurando manchar o bom nome de pessoas apenas na ânsia de “ likes “ visualizações e ganhos monetários à custa do prestígio granjeado por esses cidadãos?
Eis a nossa verdade, o nosso contraditório que nos conforta e encoraja a seguir outros caminhos para aqueles que escondendo-se no desconhecimento de outra versão insistirem na calúnia pura e simples, pois deverão estar devidamente habilitados para a defesa desta terceira via em Juízo, a semelhança do que se faz em sociedades civilizadas, e nós queremos lutar por uma sociedade assim… civilizada. Beatriz Alexandra Silva
