O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, sob orientação do Presidente da República, João Lourenço, esteve em Cabinda, na sexta-feira (10), para avaliar o nível de execução das diversas obras em curso naquela província, com destaque para as da Refinaria.
José de Lima Massano destacou, entre as várias constatações efectuadas, a visita às obras da Refinaria de Cabinda, enquanto empreendimento estratégico e de suma importância para a economia local e nacional.
O ministro de Estado para a Coordenação Económica visitou as obras do empreendimento, que abrange 311 hectares, na companhia da governadora de Cabinda, Suzana de Abreu.
Com previsão de produzir 30 mil barris diários, a primeira fase do projecto vai ocupar uma extensão de 30 hectares. José de Lima Massano realçou a importância da refinaria para a economia local e nacional, referindo que “o projecto não apenas reduzirá a nossa dependência em relação à importação de combustíveis, mas também criará oportunidades significativas para o desenvolvimento económico da região”.
A governadora Suzana de Abreu também destacou a mais valia da refinaria e afirmou que “o projecto está no caminho certo para transformar Cabinda em um pólo produtivo que trará benefícios directos à população e representa um passo crucial para fortalecer a económica do país”.Uma vez em funcionamento, a Refinaria de Cabinda criará valor acrescentado para a economia angolana e, em particular, reduzirá a sua dependência da importação de combustíveis.
Recorde-se que, o projecto foi apresentado como sendo de pouco mais de 300 milhões USD e previa um programa de construção em três fases. A primeira, onde se vai produzir 30 mil barris de petróleo por dia, terá uma unidade de destilação de crude, com um dessalinizador, sistema de tratamento de querosene e infra-estruturas auxiliares, incluindo um sistema de ancoramento de bóia convencional, oleodutos e instalação de armazenamento para mais de 1,2 milhões de barris.
As segunda e terceira etapas tornarão a refinaria numa infrastrutura de convenção total com uma capacidade de processamento de 30 mil barris/dia e a instalação de um novo reformador catalítico, hidrotador e unidade de craqueamento catalítico, totalizando despesas na ordem dos 700 milhões de dólares.
Após a sua conclusão, a refinaria de Cabinda deverá criar dois mil postos de trabalho e vai refinar 60 mil barris de petróleo bruto por dia.Enquanto isso, a expectativa é que a refinaria, cuja execução física está na ordem dos 72% e financeira a 51%, traga estabilidade económica e o desenvolvimento social, consolidando-se como uma peça-chave no futuro económico de Angola.
Falando à comunicação social, o ministro de Estado, José de Lima Massano, disse que a questão financeira não está na base dos atrasos verificados na conclusão das obras em geral.
O ministro garantiu que muitas das infrastruturas em execução na província poderão começar a funcionar em 2026/2027 para proporcionar o desenvolvimento económico de Cabinda.
O objectivo é manter o dinamismo da nossa actividade económica e isso passa também por termos infrastruturas necessárias para que tal aconteça”. (J24 Horas)
