Início Política Temendo incidentes turbulentos: Forças Armadas Angolanas em “prontidão combativa elevada”

Temendo incidentes turbulentos: Forças Armadas Angolanas em “prontidão combativa elevada”

por Redação

Entre domingo (04), dia em que terminava o prazo para Tribunal Constitucional se pronunciar sobre os recursos relativos às eleições, e 20 de Setembro, as FAA vão estar em “prontidão combativa elevada”

O general António Egídio de Sousa Santos, chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), assinou sábado (03) o despacho que coloca, desde domingo, 4 de setembro, até ao próximo dia 20, as Forças Armadas Angolanas em “prontidão combativa elevada”.

Este estado, cuja declaração foi transmitida pela imprensa, visa prevenir “incidentes que perturbem a ordem e tranquilidade públicas” e “proporcionar a manutenção da defesa e segurança do território nacional”, além de coincidir com o fim do prazo determinado para o Tribunal Constitucional dar resposta aos recursos interpostos pela UNITA e CASA-CE, partidos da oposição que denunciaram uma série de irregularidades no processo eleitoral, tendo em conta que na passada segunda-feira (29) o presidente da Comissão Nacional Eleitoral proclamou o MPLA de João Lourenço como vencedor, com 51,17% dos votos, seguido da UNITA, que não foi além dos 43,95%.

Assim sendo, nos próximos 16 dias, com “particular incidência na província de Luanda”, não serão tolerados quaisquer protestos e tumultos.

O documento assinado sábado prevê que “sejam reforçadas em todo o território nacional as medidas de defesa e segurança dos principais objectivos economico-estratégicos” e que a Polícia Militar se una à Polícia Nacional para “intensificar o patrulhamento” nos centros urbanos e suburbanos.

O chefe do Estado Maior General das Forças Armadas Angolanas, na declaração, ordena ainda “o controlo do movimento de colunas militares e restrições na saída de aeronaves militares” e a “recolha do pessoal e viaturas militares que transgridam as normas e disposições contidas neste despacho”, pelo que se depreende que existam receios de que os militares possam juntar-se aos potenciais protestos contra a vitória do MPLA. (Com agências)

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