O Presidente da República, João Lourenço, tem dado grande importância aos projectos de energia e de água em todo país, visando a melhoria da condição de vida das populações, combate à seca, abastecimento de água para a agricultura e para o gado, entre outros.
No sector da energia, Angola prevê atingir uma capacidade instalada de produção de energia eléctrica de 8 mil Megawatts (MW) até ao ano de 2027 e uma taxa de electrificação de 50% da população, num investimento de cerca de 17,2 mil milhões de dólares.
Em relação a água, a província da Huíla, onde esteve recentemente o Presidente da República e inaugurou o Aproveitamento Hidroeléctrico da Matala, aumentando a sua capacidade produtiva de 27.2 para 40.8 megawatts, com a entrada em funcionamento da terceira turbina, que vai garantir o fornecimento de energia eléctrica, com qualidade, para beneficiar várias comunidades nas províncias da Huíla e do Namibe, é das mais afectadas pela seca.
No que toca ao abastecimento de água para consumo humano, para a agricultura e abeberamento do gado, o Chefe de Estado afirma que há projectos em carteira e com a previsão de arranque para muito em breve, quer para abastecer as populações da cidade do Lubango, que tem um déficit grande em matéria de fornecimento de água, quer para projectos no quadro do combate à seca no Sul da Angola, que beneficiarão não só as populações do interior da província, como também o gado que é das principais riquezas dos povos do Sul de Angola.
Segundo o Presidente João Lourenço, em resposta à TV Girassol, sem precisar datas, “as autorizações foram feitas há bastante tempo, os financiamentos estão garantidos, quer para o projecto da cidade do Lubango, quer para as albufeiras, as barragens, no quadro do combate à seca no Sul de Angola”.
O Presidente referiu que, do amplo programa de combate à seca no Sul de Angola, “nós priorizamos o Cunene, onde foi feito o Canal do Cafu e estão neste momento em execução mais três: o Ndué, Calucuve e Cova do Leão. E praticamente, para o Cunene, em termos de grandes projectos, ficam concluídos no próximo ano. Portanto, vai deixar de ser preocupação para o Estado angolano a província do Cunene”.
Estamos agora a nos virar para as outras duas, nomeadamente para a Huíla, para a cidade do Lubango, a região dos Gambos, e para a província vizinha do Namibe, onde, para além de pequenos projectos de água, temos aquelas grandes seis barragens, cuja construção deve arrancar em breve.
Por outro lado, “vamos igualmente expandir a rede eléctrica na região Sul com novas redes de distribuição para um total de 65 localidades nas províncias da Huíla, Namibe, Cunene e Cuando Cubango, para benefício dos habitantes dessas regiões”, pontualizou, realçando que “esperamos ainda começar logo que possível a construção das linhas de transporte de energia eléctrica e subestações associadas para ligar Xá Muteba a Saurimo, Huambo ao Lubango, Dundo ao Lucapa, Saurimo a Camanongue, Gove ao Menongue, Gove ao Chipindo – Cuvango – Jamba, Gove a Matala e Lomaum ao Huambo”. (J24 Horas)