O Presidente da República, João Lourenço, autorizou uma despesa no valor global de cerca de 14 mil milhões de kwanzas, equivalentes a 15 milhões de dólares norte-americanos, para a aquisição de produtos químicos necessários ao tratamento da água para o consumo humano.
A preocupação do Chefe de Estado prende-se com o alastrar do surto epidémico de cólera pelo país. Na semana passada, foi amplamente noticiado o desvio de 56 sacos de potássio de alumínio, produto para tratamento de água, perpretado por três trabalhadores da empresa de água de Luanda.
Segundo o boletim epidemiológico de quinta-feira, 30 de Janeiro, Angola reportou nas últimas horas noventa e dois casos de cólera. Trata-se do maior registo de número de casos diários, desde o início do surto.
Províncias como Cuanza Norte e Zaire, registam os primeiros casos de cólera. O surto já reportou um total cumulativo de 1.372 casos e 54 óbitos. O Ministério da Saúde considera que o surto de cólera que se regista no País está em fase ascendente.
Nas últimas horas, há o registro de mais 92 infecções e foram ainda registradas 3 mortes, elevando para 54 o número de óbitos e um total cumulativo de 1.372 casos da doença, desde o início do ano.
O Ministério da Saúde considera que o surto está em fase ascendente. Apesar desta realidade, a ministra Sílvia Lutucuta garante estarem criadas as condições para cortar a cadeia de transmissão.
“Está-se a afinar aqui as questões ligadas ao acesso à água potável, quer com a colaboração das comunidades, com a distribuição dos comprimidos, e também da lixívia ou a solução de hipoclorito para tratamento da água e descontaminação nas comunidades. Ainda estamos na curva ascendente, portanto, todo o esforço colaborativo, intersetorial e também apoio da comunidade impõe-se”.
O epicentro da cólera continua a ser o município de Cacuaco, na periferia norte de Luanda, onde foram instaladas esta semana mais duas unidades de tratamento. (J24 Horas)
