Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) chinês visita Angola para celebração dos 40 anos das relações diplomáticas, aprofundar a confiança política mútua e fortalecer as suas relações
O Presidente da China, Xi Jinping, e o Presidente de Angola, João Lourenço, assinalaram nesta quinta-feira (12) o 40º aniversário das relações diplomáticas, salientando as vantagens para o desenvolvimento económico e a partilha de valores e interesses.
“Xi Jinping apontou na sua mensagem que desde o estabelecimento dos laços diplomáticos há 40 anos, China e Angola foram sempre sinceras e amigáveis, trabalharam juntas e perceberam e apoiaram-se mutuamente nas questões envolvendo os seus interesses estratégicos e as principais preocupações”, lê-se num comunicado do Governo chinês.
As relações entre os dois países “estão num bom momento de desenvolvimento, e a cooperação bilateral em vários campos tem dado resultados frutuosos, trazendo benefícios tangíveis aos povos dos dois países”, acrescentou o líder chinês no comunicado.
O Presidente do gigante asiático “está pronto para trabalhar com João Lourenço e aproveitar as comemorações do 40º aniversário para criar uma oportunidade de aprofundar a confiança política mútua, fortalecer a cooperação mutuamente benéfica, melhorar a amizade entre os povos e escrever um novo capítulo no desenvolvimento da robusta parceria estratégica entre os dois países”.
No comunicado, o Presidente de Angola é citado como lembrando que o estabelecimento de laços bilaterais contribuiu para o desenvolvimento e que a cooperação mutuamente benéfica em vários sectores garantiu grandes feitos, com resultados satisfatórios.
Angola, concluiu, quer fortalecer as relações amigáveis e cooperativas com a China, construir um futuro em que ambos ganhem, e atingir progresso comum, prosperidade e desenvolvimento para assegurar mais benefícios para os cidadãos dos dois países.
O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês chegou quinta-feira (12) a Luanda para uma curta visita integrada no seu roteiro africano e que coincide com a data do início das relações diplomáticas entre China e Angola, há 40 anos.
Durante a sua passagem por Luanda, Qin Gang visitou, ainda quinta-feira, a embaixada e o complexo diplomático da China em Luanda e, na sexta-feira (13) visitou o parque tecnológico da Huawei, uma gigantesca estrutura composta por centros de formação e inovação, que custou 60 milhões de dólares (cerca de 55 milhões de euros) e foi inaugurada no ano passado.
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Igualmente, na sexta-feira, reuniu-se com o Presidente João Lourenço, e com o seu homólogo angolano das Relações Exteriores, Téte António, para avaliar as relações bilaterais, segundo o programa previsto.
Qin Gang iniciou o seu périplo em África pela Etiópia, sendo esta também a sua primeira visita internacional.
Além de Etiópia e Angola, Qin, nomeado como ministro dos Negócios Estrangeiros em 31 de Dezembro, vai viajar até ao Gabão e Benin.
O objectivo desta viagem, que durará até 16 de Janeiro, é aprofundar a parceria estratégica e a cooperação entre a China e África.
Qin cumpre assim uma tradição de 33 anos, segundo a qual o chefe da diplomacia chinesa faz a sua primeira viagem do ano ao estrangeiro à África.
A China tem demonstrado um interesse crescente em África, tornando-se o maior parceiro comercial do continente e é também de Angola, que é o maior devedor dos asiáticos entre os países africanos. (In Observador)