Luanda celebrou, recentemente, o dia dos antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, com a deposição de uma coroa de flores no túmulo do soldado desconhecido, no cemitério da Santana, honrado assim a memória dos angolanos falecidos durante a luta de libertação nacional.
António André
Na ocasião, o vice-governador da província de Luanda para o sector económico, Gildo dos Santos Antunes Carmelino, manifestou-se que, este acto está investido de grande importância para Angola, “estes bravos combatentes que defenderam e garantiram a nossa independência nacional, a reconciliação nacional e a paz, portanto, é uma classe de grande importância e de extrema inspiração para uma educação patriótica para a nossa juventude e para as gerações futuras”, elucida.
Refere que, “estes soldados, merecem toda a nossa protecção com bastante dignidade. Nós deixamos a mensagem para estes mais velhos que continuem com as resiliências e que sigam com ajuda do governo na moralização da sociedade, na educação dos jovens para garantir um bom princípio para as futuras gerações e deixarem um bom legado”, agoura.
Por sua vez, o presidente da Associação de Apoio aos Combatentes das Extintas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (Ascofa), Caetano Marcolino, garante que, a data simboliza o contributo dos antigos lutadores na luta armada de libertação nacional.
“Esta data refere na verdade o 15 de Janeiro que foi o dia dos Acordos de Alvor de 1974, que culminou com assinatura daquilo que foi o fim do período colonial português em Angola”, explica.
Acrescenta que, “passados quarenta e nove anos, estamos aqui para reflectirmos e chamarmos para que hoje fossemos uma nação livre do colonialismo, portanto, são momentos de reflexão que devemos ter muita atenção aos órgãos públicos e a nação em geral no sentido de desdobrarmos esforços para ajudarmos o apoio social aos antigos combatentes e veteranos da pátria “, lembra.
Aclara que, “as questões sociais para esta franja estão relacionados com as condições de habitabilidade. O Estado tem de melhorar a pensão de sobrevivência, assim como o apoio para a integração dos seus filhos “, ilustra.
COMO SURGE A DATA
O 15 de Janeiro, celebra-se o dia do antigo combatente e do veterano da pátria, data instituída para honrar os que se bateram para que Angola se livrasse da colonização portuguesa.
Os antigos combatentes e veteranos da pátria, quando mais novos, jogaram um papel sem o qual os angolanos não obteriam a independência nacional.
Esta data foi instituída e aprovada pela Assembleia Nacional, em 2011, para honrar os Acordos de Alvor, rubricados a 15 de Janeiro de 1974, pela administração colonial portuguesa e os três movimentos de libertação nacional: FNLA, MPLA e a UNITA.
A data tem como objectivo reflectir sobre a condição do antigo combatente, veteranos da pátria e dos familiares de Combatentes tombados no cumprimento do dever.
Para o ministério de tutela, o esforço recai para a sensibilização da sociedade e organismos públicos sobre a necessidade de dignificar e materializar os direitos desta franja da sociedade.