Início Sociedade Visita ao Centro de Medicina Física e Reabilitação Princesa Diana e à Comunidade do Bailundo reforça integração dos serviços de saúde e formação local

Visita ao Centro de Medicina Física e Reabilitação Princesa Diana e à Comunidade do Bailundo reforça integração dos serviços de saúde e formação local

por Editor

Na sequência de dias intensivos de trabalho nas províncias do Bié e do Huambo, entre os dias 9 a 12 de Julho, a delegação da Unidade de Implementação do Projecto (UIP), sob orientação da Ministra da Saúde, Dra. Sílvia Lutucuta, realizou uma visita técnica ao Centro de Medicina Física e Reabilitação Princesa Diana e às comunidades do Bailundo, na província do Huambo.

Esta acção integra-se no âmbito do Projecto de Formação de Recursos Humanos em Saúde (PFRHS), financiado pelo Banco Mundial, e teve como principais objectivos:

  • Identificar necessidades formativas locais;
  • Promover estratégias de aproximação das unidades dos profissionais de saúde às comunidades;
  • Fortalecer a inclusão social de grupos minoritários como beneficiários do PFRHS;
  • Reforçar a articulação entre as unidades hospitalares mais diferenciadas e o centro de reabilitação física.

Durante a visita, constatou-se que muitas das patologias diagnosticadas e tratadas no Hospital Central , especialmente neurológicas como o Acidente Vascular Cerebral (AVC), Distonias, algumas neuropatias periféricas, miopatias inflamatórias, muitas delas congênitas, cujo exame de eletroneuromiografia é essencial para o diagnóstico, requerem continuidade de cuidados especializados no Centro de Reabilitação Física.

Neste sentido, será reforçada a articulação entre o hospital Central do Huambo e o centro de reabilitação, garantindo uma transição eficaz entre o tratamento clínico e a reabilitação física e a posterior reintegração social. O centro dará início a um levantamento detalhado das patologias mais prevalentes e das necessidades técnicas e humanas, com vista à definição do apoio a ser providenciado pela UIP, incluindo:

  • Apoio com meios de diagnóstico Neurofisiológico para melhorar o processo de ensino e aprendizado;
  • Capacitação de técnicos locais e das províncias circunvizinhas;
    *Formação contínua de profissionais de reabilitação, com conteúdos adaptados ao contexto local.

Outro ponto relevante da UIP missão foi o encontro com os formandos do curso de enfermagem no município do Bailundo.
A delegação teve também a oportunidade de visitar o Reino do Bailundo e a Ombala Yo Mbalundu, no âmbito da componente social do projecto, que dá especial atenção à inclusão social e à valorização cultural e linguística.

Reconhecendo o papel essencial das autoridades tradicionais que por extensão têm um contacto de proximidade com as parteiras tradicionais que de forma permanente têm merecido atenção da UIP, que a título de exemplo promove em parceria com o Hospital Materno-infantil Azancot de Menezes acções formativas dirigidas à este grupo específico. Entre os dias 15 e 20 de Julho, terá início uma formação especializada no Hospital Azancot, em Luanda, dirigida a parteiras tradicionais com Intituto de reforçar as as aptidões técnicas tendo em conta um objectivo macro que é o de reduzir a mortalidade materna e neonatal.

Para as formações que serão ministradas na população local do Bailundo, prevê-se que os conteúdo das formações, escrita , visual e oral, serão traduzidos para a língua Umbundu, respeitando as especificidades culturais e linguísticas da região. Esta abordagem visa assegurar:

  • Acesso equitativo à informação;
  • Participação activa das comunidades;
  • ⁠Melhoria dos indicadores em saúde;
    Capacitação em diagnóstico de patologias neurológicas e fisiátricas;
    Formação de quadros locais nas áreas de reabilitação e enfermagem;
    Levantamento e envio de equipamentos específicos para diagnóstico e fisioterapia;
    Integração das parteiras tradicionais no sistema de atendimento às comunidades;
    Adaptação linguística e cultural dos materiais de formação e sensibilização.

O Projecto pretende que as suas acções estejam alinhadas à realidade sociocultural das comunidades, com atenção especial às línguas locais, práticas comunitárias de saúde e às necessidades das populações mais vulneráveis.

“Este esforço reflecte o compromisso do Ministério da Saúde e da UIP em promover uma saúde mais inclusiva, sustentável e culturalmente sensível, assegurando que ninguém fique para trás,” reforçou a equipa técnica durante a visita.

Contactos para a Imprensa:
Neusa Cumbe
Especialista Comunicação PFRHS
neusacumbe@pfrhs.minsa.gov.ao
244 923 420 135

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