Angola 50 anos de Independência (1975/2025), mais sete anos desde que o país conquistou o direito de escrever a sua própria história. Uma história feita de lutas, de vitórias, de sonhos e da concretização da visão daqueles que guiam a nossa Nação.
Hoje não celebramos só a conclusão de uma grande obra de engenharia, mas o início da independência energética de Angola; celebramos um marco da nossa soberania, a primeira refinaria construída em Angola desde a independência.
A Refinaria de Cabinda é um símbolo do nosso poder de produzir, abastecer e decidir o nosso próprio destino energético. Para viabilizar esse empreendimento, o Governo e a iniciativa privada assumiram uma parceria vitoriosa.
O Governo de Angola, por meio do MIREMPET da Sonangol, uniram-se à Gemcorp para impulsionar o sector energético do país. A refinaria está localizada na província de Cabinda, o maior pólo petrolífero de Angola, com capacidade para processar 60 mil barris de petróleo por dia.
Na sua primeira fase irá produzir 30 mil barris de petróleo por dia, injetando mais gasóleo e jet fuel para Angola e exportar HFO e Nafta para a geração de divisas ao país.
Com esta capacidade, Angola reduzirá a necessidade de importação de combustíveis, gerando uma economia de milhões de dólares por ano, além de garantir abastecimento seguro para a região.
Desde a sua concepção, a Refinaria de Cabinda foi um marco de superação para a Gemcorp e a Sonangol. Na viabilização desse empreendimento, superamos pandemias e guerras com empenho, inteligência e determinação.
A criatividade, a disciplina e o alinhamento de propósitos foram fundamentais para gerar confiança no mercado financeiro e mobilizar os recursos necessários para a concretização desta importante indústria.
Seguimos com ímpeto até hoje, vencendo os desafios de engenharia, logística e mercado com muita determinação. E assim entregamos esse patrimônio à nação com muito orgulho.
Esta refinaria é mais que aço e concreto. É independência. É a resposta de um país que transforma seus recursos em força própria, a garantir segurança energética para as próximas gerações.
Aqui foram utilizados mais de 15 mil toneladas de aço, 158 Kms de tubulações e 385 Kms de cabos electricos foram montados e conectados. Todo o sistema é automatizado e monitorado com a mais moderna tecnologia mundial. Na logística, são 48 km de dutos, a ligar produção e exportação.
Aqui, obedecemos aos mais rígidos padrões internacionais de preservação do meio ambiente e cada etapa do processo é monitorada. Sistemas avançados de tratamento de efluentes, controle ambiental contínuo e tecnologia que reduz em até 25% o consumo térmico em comparação com projetos similares.
Mas o verdadeiro combustível desta obra são as pessoas que a tornaram realidade. Mais de 3.300 trabalhadores participaram da construção, com destaque para 87% de angolanos.
Segurança aqui é valor inegociável. Com disciplina e vigilância, o projecto acumula mais de 14 milhões de homens/hora de trabalho sem acidentes com afastamento. São mais de 1.600 dias sem incidentes.
Para garantir a qualidade e produtividade da refinaria, profissionais estão a ser formados com cuidado e excelência. São treinamentos práticos, simuladores imersivos 360 graus e programas especializados de segurança e operação.
Assim, preparamos a nova geração para operar com segurança e eficiência desde o primeiro dia. A equipa já esta formada e preparada para iniciar as operações. 85% dos trabalhadores são angolanos, 90% de Cabinda.
Além disso, foi implantado o Projecto de qualificação técnica Kuma, uma ponte para o desenvolvimento profissional dos jovens de Cabinda. Uma iniciativa da Gemcorp e Sonangol, com o suporte do MIREMPET.
Um legado deste grande empreendimento que já qualifica mais de 700 jovens e vai formar mais de 5.000 profissionais nos próximos 12 meses. E antes mesmo do primeiro litro de combustível produzido, a Refinaria de Cabinda já levava progresso às comunidades. Um compromisso com o nosso povo.
Necessidades foram identificadas e programas sociais foram elaborados e executados em parceria com a Plataforma Kuena.
O Mazi I Monho – Água é Vida, leva água potável às comunas de Malembo, um benefício para mais de 4.000 pessoas.
O Mioko Mi Mwinda – Mãos Iluminadas, capacita 138 parteiras tradicionais, a salvar vidas e garantir partos mais seguros.
O Isona Kula – Letras que Libertam, alfabetiza 130 mulheres e abre portas para o conhecimento e a autonomia.
E os Agentes de Desenvolvimento Comunitário, já formaram dezenas de líderes locais em saúde, direitos humanos, gestão da água e agricultura sustentável.
Com o início do refino de petróleo, Cabinda deixa de ser um polo extrativista e inicia a sua transformação econômica e social; Cabinda passa a ser um centro de tecnologia e conhecimento gerando possibilidade de crescimento para todos os Angolanos.
Cada gota de combustível produzida, cada vida transformada, cada profissional formado, são parte de um mesmo movimento: mover Angola para a frente, com energia e dignidade
Esta é uma vitória compartilhada entre o Governo de Angola, por intermédio do Mirempet e da Sonangol, da iniciativa privada com a Gemcorp Angola, dos trabalhadores e do povo de Cabinda. Uma obra construída com talento local, conhecimento global e um compromisso inabalável com o progresso.
Hoje, Cabinda refina. Angola cresce. É energia que nasce aqui, transforma o presente e constrói o futuro. Energia que move e desenvolvimento que fica. (J24 Horas)
