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Presidente João Lourenço Inaugura Primeira Refinaria de Angola Independente

por Editor

O Presidente da República, João Lourenço, inaugurou esta segunda-feira, na província de Cabinda, a primeira refinaria de petróleo de Angola independente, um marco estruturante para o futuro do sector petrolífero do país.

A cerimónia, realizada no ano em que Angola celebra cinquenta anos de Independência nacional, transformou Cabinda no epicentro de uma revolução industrial: de província historicamente conhecida pela extração de crude, passa agora a ser referência na refinação e transformação do petróleo bruto em produtos essenciais como gasóleo, gasolina, querosene e Jet A1.

“Este é o início de um novo tempo”, afirmou o Chefe de Estado durante o seu discurso emocionado, perante uma plateia composta por autoridades governamentais, representantes religiosos, líderes da sociedade civil, investidores privados e financiadores internacionais. “Angola deixa de ser apenas exportadora de petróleo bruto. A partir de hoje, assumimos o controlo da cadeia de valor dos nossos recursos naturais.”

Um projecto estratégico em duas fases

A Refinaria de Cabinda será desenvolvida em duas fases, com um investimento total superior a mil milhões de dólares. A primeira fase, já em funcionamento, permite a refinação de 30 mil barris por dia. Quando a segunda fase for concluída, a capacidade saltará para 60 mil barris diários, contribuindo significativamente para a redução da dependência de importações de combustíveis.

Até à data, o projecto já gerou mais de 3 mil empregos directos, impulsionando o desenvolvimento socioeconómico local e a qualificação de mão de obra angolana. A parceria público-privada com a GEMCORP, empresa líder no sector de energia e infraestruturas, foi destacada pelo Executivo como modelo de sucesso na atracção de investimento estratégico.

O momento simbólico: o crude jorrou

Num acto carregado de significado, o Presidente João Lourenço accionou pessoalmente o sistema técnico que deu início ao fluxo de petróleo bruto nos pipelines da refinaria. Em poucos segundos, o crude começou a circular desde o ponto de sucção até à unidade de processamento — um sinal inequívoco de que a máquina industrial estava em movimento.

Minutos depois, uma técnica angolana entregou ao Presidente a primeira amostra de crude processado no novo complexo. Um momento aplaudido por todos os presentes, que simbolizou a maturidade tecnológica e a soberania energética que Angola começa a conquistar.

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