As províncias da Huíla e Namibe vão, até ao final do corrente ano, estar liagadas ao sistema eléctrico nacional, através do uso de fonte hídrica.
O projecto de construção da linha de transporte de electricidade a 220 Kv Gove – Matala e subestações associadas, irá terminar em Outubro deste ano.
A empreitada tem um nível de execução física na ordem dos 80%. Vai ligar o Aproveitamento Hidroeléctrico do Gove, no Huambo, ao posto de Seccionamento da Matala, na Huíla, com uma extensão de mais de 213 quilómetros, podendo, a linha, transportar, cerca de 682 MVA de potência.
O projecto prevê igualmente a construção de subestações eléctricas, nomeadamente a do Lubango Leste, que asegurará a alimentação da subestação da Ferrovia, dando continuidade para o regular fornecimento de energia eléctrica à província do Namibe.
Esta obra, de cariz estratégico para o país, vai beneficiar os municípios da Matala, Quipungo, Capelongo, Lubango, Humpata, Chibia, Bibala e Moçâmedes, beneficiando directamente mais de 350.000 famílias da região sul.
Vai reduzir drasticamente o consumo de combustível que, para além de ser extremamente caro para os cofres do Estado, representa perigo para o ambiente. Nestes termos, antes do final do ano, após o fim destas obras, as centrais térmicas (diesel) vão, de forma paulatina, desligar.
Ainda para a região sul de Angola, está em execução o projecto de construção da linha de transporte de electricidade a 400 K, que ligará o Belém do Dango, no Huambo, a Nombungo, no Lubango, e subestações associadas.
O referido projecto tem uma previsão de terminar as obras no início de 2027, prevendo ampliar a subestação do Belém do Dango, havendo a sua ampliação.
Está a ser construída a nova subestação do Nombungo e outros equipamentos elétricos associados.
Está, igualmente, em curso, neste momento, a construção da linha de transporte de electricidade a um nível de tensão de 400 Kv, com extensão de 343 quilómetros.
Em termos de benefícios, este importante empreendimento vai melhorar a qualidade e fiabilidade do fornecimento de energia eléctrica na Província da Huíla. Vai abranger um número muito maior de habitantes, chegando perto de 1.000.000 de consumidores.
Vai, de igual modo, acautelar o acesso à rede eléctrica da África Austral e ao importante mercado energético regional.
Irá igualmente expandir a rede de transporte de electricidade a toda a região sul do país, dimuindo significativamente as emissões de gases poluentes e inimigos do ambiente e reduzir os gastos e custos com o combustível, com o desligamento gradual das centrais térmicas.
Para além dos dois projectos permitirem uma maior dignidade aos habitantes da região sul de Angola, vão permitir fomentar a economia da mesma região, dinamizando a mesma, criando empregos, e alavancando o pólo industrial da região sul, com um ênfase especial para a indústria mineira extractiva.
Nestes termos, tratam-se de dois projectos que constam das prioridades do Executivo, sendo que vão mudar o modo de vida e as sociedades do sul de Angola, com energia limpa, mais barata e eficiente, indo ao encontro dos mais importantes intersses do país.
