Início Sociedade CASO VANDALISMO: BPC IGNORA ORIENTAÇÃO PRESIDENCIAL E APODERA-SE DE 50 MIL MILHÕES DE Kz DO ESTADO

CASO VANDALISMO: BPC IGNORA ORIENTAÇÃO PRESIDENCIAL E APODERA-SE DE 50 MIL MILHÕES DE Kz DO ESTADO

por Editor

O Banco de Poupança e Crédito ( BPC ), instituição financeira a quem o Presidente da República, João Lourenço, confiou a responsabilidade de efectuar operações bancárias na ordem de 50 mil milhões de Kwanzas, para apoiar os empresários que viram suas empresas vandalizadas nos dias 28, 29 e 30 de Julho do corrente ano, ignorou a orientação do Chefe de Estado.

Segundo o Decreto Presidencial N° 150/25, a medida deveria servir para aliviar os prejuízos sofridos pelas empresas e possibilitasse que os empresários retomassem, com máxima celeridade, as suas actividades coererciais e preservar os postos de trabalho, sobretudo da camada jovem.

O anuncio foi feito pelo ministro de Estado para a Coordenação Econômica, Dr. José de Lima Massano, no dia 4 de Agosto, informando que era da vontade do Presidente da República que o processo devesse ser concretizado no prazo máximo de 20 dias, desde que os sinistrados apresentassem os documentos necessários para o efeito.

Até aí, parecia estar tudo bem, pese embora que o período de devolução total dos valores emprestados pelo Estado angolano fosse considerado muito curto, o “Programa Alívio” devolveu tranquilidade e confiança aos empresários, até chegar o momento que o BPC, uma vez mais, demostrou irresponsabilidade, incompetência e sabotagem ao Estado.

O Jornal 24 Horas, ouviu alguns empresários que recorreram ao BPC com o intuito de beneficiarem do referido crédito e, infelizmente, constatou que a insatisfação é absoluta, visto que a instituição financeira responsável pela operação de crédito com os valores disponibilizados pelo Estado angolano, estipulou que a entrega dos documentos pelas empresas deveria acontecer até ao passado dia 29 de Agosto, mas não tem havido transferência no processo.

Vencido o prazo, o BPC convocou uma colectiva de imprensa no dia 8 de Setembro, com a participação de todos os candidatos ao crédito, mas não disse nada de novo. Ficou claro que tudo não passou de uma manobra dilatória para confundir e ganhar tempo.

Diante de todos presentes, Luis Duarte, administrador do BPC, garantiu, frente aos microfones e câmeras dos órgãos de imprensa, que tudo estava a ser feito a nível interno e que no máximo até ao dia 30 de Setembro, o BPC encerraria o “Programa Alívio” e todas as empresas aprovadas teriam os valores solicitados disponíveis nas suas contas.

Como já se previa, passou-se o dia 30 de Setembo, e um programa orientado superiormente para que fosse realizado em apenas 20 dias já leva mais de 2 meses e nem água vai, nem água vem.

O Conselho de Administração do BPC não tuge nem muge e vai deixando os
empresários manietados, impossibilitados de alavancarem os seus negócios, enfrentando incertezas, sem saber se o Decreto Presidencial 150/29, é de facto para ser cumprido ou se o BPC desencaminhou, para fins obscuros, o dinheiro que o Estado angolano disponibilizou!

Atendendo os factos, alerta-se o Presidente da República, João Lourenco, para ordenar uma inspecção urgente ao BPC, para aferir o que realmente se está a passar para que não cumpra até à data presente o estipulado no Decreto Presidencial N° 150/25, considerando que tal atitude constitui falta de respeito e desobediência ao Chefe de Estado, bem como suja a imagem do Governo angolano.

O Jornal 24 Horas, voltará com mais dados nas próximas edições. (J24 Horas)

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