Início Sociedade Abuso de poder continua a imperar nas terras da Konda Marta

Abuso de poder continua a imperar nas terras da Konda Marta

por Redação

Dois presumiveis camponeses foram detidos quinta-feira (22), por efectivos da Polícia Nacional e das Forças Armadas Angolanas, por estes, alegadamente, terem resistido à expropriação de parcelas de terra, supostamente mandatados por altas patentes da PN e das FAA, num pólemico e prolongado conflito de terras no distrito urbano da Cidade Univesitária, no município de Talatona, em Luanda

Victor Kavinda 

A tensão entre os camponeses e entidades castrenses, tem-se elevado devido à cobiça de elementos ligados às elites do poder pelo espaço de mais de nove hectares.

Em causa está o létigio fundiário que parece interminável e envolve a empresa Konda Marta e altas patentes dos órgão de defesa e segurança pública (FAA e PN). O responsavel da empresa Konda Marta, Daniel Neto, em declarações à imprensa, afirma que os camponeses foram surpreendidos com mais de dez patrulhas da polícia e militares armados, alegando que são “ordens superiores”, tendo detido dois camponeses que foram levados à local incerto, por estes alegadamente resistirem à expropriação das suas terras.

“Os principais invasores das terras pertecente à Konda Marta, realizaram uma reunião a fim de fabricarem um madato de captura para Daniel Neto, que está a ser feita na Mutamba, na direção da DIIP; eles disseram vamos fabricar um mandato para ver se vamos deter o director da referida empresa, porque é a única pessoa que está sempre a nos encomodar; se nós o determos poderemos benefeciar de tudo. Então, como daquela vez o prenderam e viram que não conseguiram fazer nada, agora eles querem voltar a prendê-lo para ser eliminado fisicamente dentro de uma dessas cadeias, algures por Angola, mas não estão a conseguir”, disse a senhora Joana Magita.

Joana Magita contou também à imprensa que os efectivos da Polícia e das FAA disseram que só querem o nosso director, por ele ter  ganho o espaço do Quibabo. “Nós ganhamos as terras adjacente ao Quibabo porque a mesma sempre perteceu à empresa Konda Marta, entretanto, o director da empresa Konda Marta Daniel Neto, denuncia a existência de um plano que alegadamente visa a sua detenção por ser o responsável que reevindica a titularidade dos terrenos em disputa”.

Continuando, Daniel Neto referiu que “os senhores jornalistas costumam apenas ouvir, mas agora viram aqui o aparato policial  que até, inclusive, levaram dois cidadãos camponeses. Eu estou aqui desde que vim da cadeia através das mentiras que os invasores criaram contra a minha pessoa; fiquei detido 188 dias nos calabouços do Tombo, fiquei mais 6 dias em prisão domiciliar e ainda fiquei uma semana na cadeia do SIC provincial, tudo esso só para protegerem o comandante de Talatona e um agente de primeira classe, o tal Sebastião Manuel  António, que se vale por alegar ser filho do chefe de Estado Maior General das FAA”.

“O tenete-general Agostinho que é o chefe dos comandos, o próprio comandante da PN no Talatona e outros generais que também fazem parte do esquema das vendas de terrenos, inclusivé comissários do gabinete do ministro do Interior, apoderaram-se de um espaço pertecente à Konda Marta e até ao momento não fomos indemnizados”, acusou.

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