Depois de Presidente da República, João Lourenço, ter condenado, na noite de domingo (08), os actos anti-democráticos registados no Brasil, também a Assembleia Nacional (AN) manifestou, esta segunda-feira (09), solidariedade dos parlamentares angolanos para com os congéneres brasileiros, após a invasão, por manifestantes, no domingo passado, da sede do Senado, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto
O Presidente da República expressou a mais vigorosa e firme condenação aos actos anti-democráticos contra instituições que representam e simbolizam a democracia brasileira.
João Lourenço reforçou que “consideramos estas manifestações lamentáveis e reveladoras de um elevado grau de intolerância não compatível com as regras do jogo democrático, em que os resultados legitimados pelo voto popular devem ser reconhecidos e aceites por todos”, acrescentando que “as eleições recentemente realizadas no Brasil foram reconhecidas mundialmente como livres, justas e transparentes, não fazendo assim qualquer sentido as reivindicações actuais”.
Expressando também como Presidente da CPLP en funções, o Presidente João Lourenço disse estar convicto de que o Governo brasileiro, com o qual manifesta solidariedade, exerça a sua autoridade e reponha, sem demora, a ordem democrática no país.
Por seu lado, a Presidente da AN, Carolina Cerqueira, em mensagem endereçada ao Presidente do Senado Brasileiro, Rodrigo Pacheco, condena energicamente o atentado contra as instituições brasileiras, em particular o Congresso Nacional e o Senado, democraticamente eleitos.
“Encaramos essa invasão como um ataque directo contra a democracia. As democracias devem ser protegidas”, lê-se na mensagem, declarando que perante este acto anti-democrático, há preocupação e solidariedade com o Brasil, um país irmão, reafirmando a necessidade de respeito pelas instituições do Estado emanadas da vontade do soberano povo brasileiro.
Carolina Cerqueira avança que estes “bárbaros” acontecimentos devem servir de alerta para as instituições de todas as democracias contra os grupos e movimentos extremistas que fazem como modo de actuação o vandalismo e o desrespeito das regras democráticas.
Recorde-se que manifestantes, apoiantes do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, conseguiram, no domingo (08), furar um bloqueio das autoridades e invadir o Senado, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). (J24 Horas)