“Todos somos poucos para a grande empreitada que ainda temos pela frente, a de fazer de Angola um grande país, com uma economia forte e resiliente”, foi com esta afirmação que o Presidente do MPLA e da República, João Lourenço, concluiu o seu discurso de abertura no Encontro Nacional com os Primeiros Secretários dos CAPs do MPLA em Angola.
Ao longo da sua longa explanação, em que exaltou as performances do Partido ao longo dos tempos e a importância dos CAPs no seio das comunidades, o Presidente João Lourenço, admitiu que tem havido falcatruas e “jogos de influência” por parte de membros da direcção do Partido que preenchem determinadas vagas nos “diversos escalões até ao Comité Central” de forma indigna e desmerecida, ignorando militantes incansáveis e que seriam merecedores de reconhecimento como é o caso dos Primeiros Secretários dos CAPs.
Face a esta situação, reveladora de erros que alguns dirigentes ainda vão cometendo, o Presidente apelou para que tais actos sejam denunciados e corrigidos, “pela necessidade de haver maior lisura, honestidade e justiça nos processos de renovação de mandatos em todos os escalões da hierarquia do Partido”.
Realçando a importância que o MPLA sempre conferiu à Mulher e aos Jovens, João Lourenço destacou o ano de 1979 quando o MPLA confiou os destinos do país a um jovem de apenas 37 anos de idade, o já falecido Presidente José Eduardo dos Santos.
Em meio às reformas em curso, como “o combate à corrupção, a criação de um melhor ambiente de negócios, a diversificação da economia, o sucesso do programa com o Fundo Monetário Internacional, a maior abertura ao mundo”, o líder apela à manutenção e coesão interna do Partido, assim como “combater qualquer tentativa de nos dividir, porque só unidos somos fortes e em condições de cumprirmos o nosso papel histórico”!
O discurso do Presidente João Lourenço, está merecer vivos aplausos dos militantes do Partido e da sociedade, pela forma aberta, sem tabús, com que abordou determinadas questões que, nos últimos dias, têm preocupado os camaradas, comoé o caso de alegadas intrigas palacianas e divisões internas no que toca à sucessão da liderança do próprio MPLA! (J24 Horas)
