Início Entrevistas GRANDE ENTREVISTA DA TPA COM MINISTRO DA ENERGIA E ÁGUAS: PELA CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO MELHOR PARA ANGOLA

GRANDE ENTREVISTA DA TPA COM MINISTRO DA ENERGIA E ÁGUAS: PELA CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO MELHOR PARA ANGOLA

por Editor

O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, foi o convidado desta terça-feira (11) da “Grande Entrevista” da Televisão Pública de Angola (TPA), conduzida pelo jornalista João Pinto.

João Baptista Borges abordou com profundidade os principais projectos hidroeléctricos e de energia limpa, em curso no país, assim como descreveu a situação dos projectos de captação, bombagem, armazenamento e distribuição de água potável às populações.


O ministro da Energia e Águas destacou o empenho do Governo que pretende, até 2027, segundo o que está programado, que mais de 60 por cento da população angolana tenha acesso à electricidade em todo país.
Igualmente, o governante mencionou o plano de expansão da rede eléctrica nacional de Angola, explicando que inclui a interligação com os países vizinhos, como a República Democrática do Congo (RDC), a Zâmbia e a Namíbia. O objetivo é exportar energia e diversificar a economia do país.


O projecto de interligação da rede eléctrica nacional com a Zâmbia, a RDC e a Namíbia, já em preparação, será desenvolvido por iniciativa privada.


A este propósito, a entrada do sector privado no negócio da distribuição de energia eléctrica, depois da aprovação na Assembleia Nacional da Lei n 14-A/96, de 31 de Maio – Lei Geral da Electricidade, aprovada recentemente pela Assembleia Nacional, foi também esmiuçada pelo ministro.


O objectivo da alteração da lei é abrir espaço para a participação do sector privado no exercício da transmissão de energia e na construção de infraestruturas, com vista a acelerar a taxa de electrificação do país, embora a medida não significa a privatização do sector, mas sim “a criação de condições para atrair investidores, assegurando uma maior concorrência e uma melhor prestação de serviços aos cidadãos”.


Quanto ao abastecimento de água, reiterou que a grande prioridade é a província de Luanda, com previsão para que, nos próximos anos, a situação seja melhor e completamente diferente em termos de abastecimento do precioso líquido.


Segundo João Baptista Borges, “o Executivo angolano prevê eliminar o défice no abastecimento de água potável na capital do país, Luanda, até 2027, com a construção dos sistemas do BITA, de 250.000 metros cúbicos, e do Quilonga Grande, de 500 mil metros cúbicos”.


Contudo, para se atingir o objectivo, o país conta agora com 21 províncias, há que se concluir os sistemas de abastecimento de água das outras províncias que ainda têm as cidades capitais, igualmente em situação difícil.


“Nós temos como objectivo principal, até 2027, eliminarmos este déficit que se vive hoje, que é de 50 por cento, ou seja, a taxa de acesso à água potável é de 65 por cento no meio urbano e cerca de 50 por cento na área rural”, afirmou o governante.


O caminho a percorrer ainda é longo e deve-se ter em conta também que, para além da população actual, “nós estamos a crescer a uma média de 3,3 por cento por ano, o que significa que todos os anos somos mais um milhão”, frisou.


O saneamento das águas residuais é outro grande desafio a enfrentar, considerando que quanto mais água se produz e se consome, mais resíduos, uma vez que 60 por cento da água transforma-se em resíduos.


A vandalização dos sistemas de abastecimento de água e de energia eléctrica, que causam embaraços aos esforços do Executivo no sentido da normalização da situação, mereceu destaque na Grande Entrevista ao ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.(J24 Horas)

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