Foi recentemente lançado em Luanda o livro intitulado “Mandume o Rei Oukwanyama”, escrito por Arsénio Satyohamba, com a participação de várias individualidades do Estado angolano que prestigiaram a cerimónia.
Victor Kavinda
No certame, o vice-Presidente da República de Angola, Bornito de Sousa,desejou boas vindas à todos os presentes e ao jovem Arsénio Satyohamba pela iniciativa e«contribuir grandemente na proposta da construção da história do País, aos seus reinos e soberanos, indiossincrasias, povos, hábitos e costumes, dinâmica e complexidade».
Bornito de Sousa considerouque a obra dará um grande contributo, inestimável, na discussão sobre a nossa identidade e nuances sobre a angolanidade que, na verdade, tem peculiaridades que saltam à vista e demandam uma pesquisa mais aprofundada, comprometida com o futuro das gerações vindouras que devem conhecer o passado do nosso país.
Ovice-Presidente Bornito de Sousa, enquanto coordenador da Comissão Nacional para Salvaguardado Património Cultural, endereçou encorajamento ao secretário nacional da JMPLA, Crispiniano dos Santos, não nas vestes partidária, mas como actor social activo da sociedade, por estar a levar a cabo um plano programático relativo à juventude.
O vice-Presidente lançou também um apelo aos historiadores, antropológos, arqueólogos, arquitectos e linguistícos nacionais e estrangeiros, a intensificarem a pesquisa em torno desta proeminente figura da história de Angola e da vizinha Namíbia.
«Falar do Rei Mandume, originário da tribo dos povos Ambós, no Sul de Angola e Norte da Namíbia, é falar de um símbolo, um destacado líder da resistência contra a ocupação colonial portuguesa, que preferiu a morte a ser capturado, após o enfraquecimento do seu Estado em 1917, o que frustraria o projecto de implementação da administração colonial».
Bornito de Sousa ressaltou que a história deve ser cada vez mais enrequecida e, nos estudos, todas as contribuições devem ser acolhidas, pois não existem verdades adquiridas e fechadas em si mesmas.
O governante quer que apareçam mais propostas de estudos de investigação sobre o Rei Mandume ya Ndemufayo, cuja indiscritível coragem levou-o a comandar os destinos do povo Kwanyama num dos periódos mais difíceis da história da região Sul, esperando assim ver o Rei Mandume ya Ndemufayo montado no seu cavalo, imponentemente, homenageado na praça principal da cidade de Ondjiva.
Por outro lado, Bornito de Sousa pede aos titulares dos departamentos ministeriais e dos governos provinciais para trabalharem comas autoridades e comunidades locals, investigadores e universidades, nas acções relacionadas com os processos de inscrição dos bens e sítios angolanos constantes na lista da UNESCO como Cuito Cuanavale, as pinturas rupestres de Tchitundu Hulu e o corredor do Kwanza, enfatizou.