Início Sociedade Segundo cientistas, variante mais transmíssivel do coronavírus está em Angola e todo cuidado é pouco

Segundo cientistas, variante mais transmíssivel do coronavírus está em Angola e todo cuidado é pouco

por Redação

A notícia de que a «variante mais transmíssivel» do novo coronavírus se encontra em Angola está a preocupar os cidadãos e as autoridades sanitárias.

De acordo com a notícia, transmitida domingo (04), cientistas sul-africanos descobriram a variante «mais transmissível» do novo coronavírus SARS-Cov-2 na primeira sequenciação genómica realizada com amostras recolhidas em Angola.

A variante foi descoberta no mês passado em três cidadãos tanzanianos, em Angola, disse o professor Túlio de Oliveira, que lidera a equipa de cientistas sul-africanos da Universidade do Kwa Zulu-Natal, especialistas em inovação e sequenciamento genómico, que realizou o estudo.

«Quando comparada com outras variantes de preocupação (VOC, na sigla em inglês) e variantes de interesse (VOI, na sigla em inglês), esta é a mais divergente», disse Túlio de Oliveira, salientando que a descoberta foi relatada como sendo «um novo VOI dada a constelação de mutações com significado biológico conhecido ou suspeito, especificamente resistência a anticorpos neutralizantes e transmissibilidade potencialmente aumentada», explicou.

Nos últimos dias, sobretudo desde que começou a campanha de vacinação no país, embora apenas ainda para alguns sectores específicos, a população passou a negligenciar os cuidados de prevenção, grande parte das pessoas deixou de usar máscara em público, não se respeita mais o distanciamento, deixou de haver preocupação em lavar as mãos e/ou desinfectar com álcool – gel, os transportes colectivos andam super – lotados, entre outros descuidos.

Enquanto isso, Angola registou nas últimas 24 horas 112 novas infecções pelo coronavírus, duas mortes por Covid-19 e quatro recuperados, totalizando 22.579 casos positivos, 540 óbitos e 20.871 recuperações desde o início da pandemia, informou sábado (03) o Ministério da Saúde angolano.

O boletim epidemiológico da Direcção Nacional de Saúde Pública indica que as mortes dos dois cidadãos angolanos, de 53 e 69 anos, foram reportadas nas províncias de Benguela e Luanda.

Os dados apontam para um total de 1.168 casos activos, dos quais cinco são críticos, 11 graves, 41 moderados, 27 ligeiros e 1.084 infectados estão assintomáticos, estando internados 84 doentes, 126 pessoas encontram-se em quarentena institucional e 1.500 contactos estão sob vigilância epidemiológica.

Nas últimas 24 horas, os laboratórios processaram 4.381 amostras por RT-PCR, fazendo o cumulativo de 437.693 amostras processadas até ao último sábado, com uma taxa de positividade de 5,2%.

Nos pontos de entrada e saída de Luanda, desde sexta-feira, foram submetidas a testes rápidos serológicos 328 pessoas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.839.051 mortos no mundo, resultantes de mais de 130,1 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. *(Com agências)

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