Início Sociedade “Moralista sem moral”: David Mendes acusado de proteger rebeldes da IURD para tirar benefícios políticos

“Moralista sem moral”: David Mendes acusado de proteger rebeldes da IURD para tirar benefícios políticos

por Redação

Nos últimos dias o jurista e deputado David Mendes tem sido alvo de diversas críticas de diferentes sectores da sociedade angolana por pronunciamentos considerados um tanto exacerbados e até incitadores de violência, postura que tem sido reprovada pela opinião pública, já que esperava-se de si um posicionamento mais equilibrado e sábio na análise de questões um tanto melindrosas

Japer Kanambwa

Desde que despoletou no país o caso da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) que David Mendes assumiu defender os ditos pastores angolanos da “comissão de reforma” da IURD, considerados pelos seus pares, e não só, como rebeldes e até delinquentes, pela forma violenta com que tentaram fazer valer a sua posição, ao ponto de agredirem barbaramente diversos cidadãos, tanto angolanos como expatriados (brasileiros), incuindo mulheres e inválidos, que não pactuavam com os seus propósitos.

Sobre o caso IURD – Angola muito há por dizer, já que a legitimação da referida “comissão de reforma” pelas autoridades angolanas, no entender de especialistas, esconde interesses obscuros e macula os pressupostos da lei, já que dá razão a assaltantes e agressores que optaram pela violência e barbaridades para reivindicar supostos direitos.

David Mendes, de forma matreira, aproveitou-se da situação, posicionou-se a favor dos rebeldes, assaltantes e agressores, “trabalhando gratuitamente no processo”, como fez questão de alardear publicamente, porém, segundo as fontes, numa jogada para tirar dividendos a favor dos seus interesses políticos e garantir o apoio dos dissidentes belicistas para as eleições gerais de 2022.

Para uma grande franja da sociedade, que nutria alguma admiração pelo jurista e deputado, esta sua posição, entre outras que tem assumido nos últimos tempos, é uma grande decepção, a pontos de o considerarem um “moralista sem moral”.

“Ao posicionar-se em defesa de indivíduos considerados criminosos e defender uma causa de ‘justiça por mãos próprias’, David Mendes está a passar a mensagem de que é legítimo que se reivindique direitos pela violência, fazendo justiça por mãos próprias, em detrimento da lei e das instituições judiciais do país”, referem.

Continuando, mencionam que, “na justiça angolana, depois de iniciadas as divergências entre as partes, agravadas com a tomada pela força de templos em todo o país, tramitam vários processos judiciais relacionados com a IURD-Angola que, entretanto, foram sendo preteridos, possibilitando que os bandidos, defendidos pelo deputado David Mendes, falsificassem documentos públicos para tentar expulsar a Igreja do país, roubando o patrimônio construído com o suor de todos os fiéis angolanos ao longo de muitos anos”, frisam, acrescentando que “é o mesmo desleixo que não dá andamento a dezenas de acções na Justiça, que buscam, dentro da lei, punir os responsáveis por esses absurdos”.

“Em vez de defender criminosos para obter ganhos políticos, enquanto deputado e jurista, o Sr. David Mendes deveria primar para que se faça justiça de facto e combater as descaradas omissões e arbitrariedades praticadas contra a Igreja Universal do Reino de Deus de Angola, que permitiram que criminosos, com o uso da violência, invadissem templos da Universal em várias cidades do país”, realçam.

Enquanto isso, o Procurador Geral da República, Hélder Pitta Grós, em relação ao caso IURD e sobre a vandalização dos seus templos, considerou este como “mais um caso complexo”, porque não aconteceu apenas em Luanda.

“Em todo o país há templos que foram apreendidos, fechados e há processos que decorrem nas outras províncias. Estamos a trabalhar nestes processos e vamos ver se conseguimos chegar a um fim o mais rápido possível”, frisou na altura.

Recorde-se que a Igreja Universal do Reino de Deus, sofreu um duro golpe aplicado por dissidentes e ex-pastores que um dia fizeram parte da instituição, espezinharam o estatuto, o regulamento interno e hoje intitulam-se como líderes da Igreja Universal do Reino de Deus e pessoas como David Mendes defendem a ilegalidade, em desrespeito aos milhares de fiéis, que são os mais afectados e prejudicados. Voltaremos!

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