O Japão investirá 1,6 milhões de euros em formação e material para ajudar Angola a livrar-se de minas, atendendo que o país ainda tem mais de 100 quilómetros quadrados de áreas com minas no seu território.
Segundo a Campanha Internacional para a Erradicação de Minas Terrestres, o território angolano é classificado como tendo contaminação massiva.
Na quinta-feira (14), o Japão formalizou a doação a Angola de material e formação de técnicos para ajudar o país a livrar-se de minas, através de um programa de desenvolvimento económico e social no valor de 1,6 milhões de euros.
O Acordo de Doação para o Programa de Desenvolvimento Económico e Social no domínio da desminagem foi firmado quinta-feira (14) em Angola, entre o embaixador do Japão, Maruhashi Jiro, e o secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Custódio Vieira Lopes.
O Programa de Desenvolvimento Económico e Social consiste na doação dos acessórios para as máquinas de desminagem, oficina móvel, outras peças de reposição e capacitação dos técnicos para o Instituto Nacional de Desminagem (Inad) da Comissão Executiva de Desminagem (CED) e está orçado em 210 milhões de ienes japoneses (cerca de 1,6 milhões de euros).
Trata-se de mais uma iniciativa no âmbito da cooperação existente no sector da desminagem entre o Governo do Japão e o Governo da República de Angola, o qual «permitirá que as operações de trabalho intensivo, de longa duração e perigosas possam ser drasticamente melhoradas com a utilização das máquinas modernizadas», segundo uma nota da embaixada do Japão em Angola.
«A desminagem é indispensável para a agricultura, turismo, desenvolvimento dos recursos minerais, logística de distribuição e na melhoria do ambiente de negócios em Angola», prosseguiu a mesma nota.
Desde os anos de 1990 que o Japão tem apoiado o desafio de livrar Angola das minas, através de várias maneiras e esquemas de financiamento, apetrechamento, formação, transferência de tecnologia, entre outras. De acordo com o relatório anual da Campanha Internacional para a Erradicação de Minas Terrestres (ICBL, na sigla em inglês), o Landmine Monitor, Angola mantém-se entre os países classificados como tendo contaminação massiva, ou seja, com mais de 100 quilómetros quadrados de áreas com minas terrestres e outros engenhos explosivos.
(In Lusa)