Diante das graves acusações contra o ministro Manuel Tavares e o ex-administrador municipal de Viana, Manuel Pimentel, a sociedade apela para que as competentes autoridades tomem a peito o assunto e a “culpa não morra solteira”, pelo que a Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) estará já a realizar acções inspectivas para apurar a veracidade dos referidos casos
Japer Kanambwa
As acusações levantadas nos últimos dias contra o ministro das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Manuel Tavares, por alegado nepotismo ao nomear o seu genro, marido da sua filha, para o cargo de administrador para a Área Financeira do Fundo Rodoviário e Obras de Emergência do referido Ministério, assim como contra o ex-administrador municipal de Viana, Manuel Pimentel, por ter levado consigo uma viatura protocolar, de apoio às actividades de campo, comprada em 2021, com recursos da própria Administração municipal, embora a sua área do Património, aponte para o desaparecimento de mais alguns veículos, que, como foi dito, “poderá configurar uma perda ‘irreparável’ para a instituição”, está a criar polémica em diversos meios da sociedade e nos cidadãos em geral.
Assim sendo, ante o apelo da sociedade para que as competentes autoridades tomem a peito o assunto e a “culpa não morra solteira”, a Inspecção Geral da Administração do Estado (IGAE) estará já a realizar acções inspectivas para apurar a veracidade dos referidos casos.
Como se sabe, a IGAE tem a missão de efectivar o controlo interno administrativo da Administração Pública, por via da inspecção, fiscalização, auditoria, supervisão, controlo, sindicância e averiguações da actividade de todos os órgãos, organismos e serviços da administração directa e indirecta do Estado, bem como das administrações autónoma, pelo que, as acusações contra as duas entidades são da sua alçada.
Ao que se apurou, nas próximas horas, tão logo as acções inspectivas cheguem a conclusões, a IGAE, como tem sido hábito, vai esclarecer o público sobre o que se vai apurar.
Sublinhe-se que a IGAE exerce a sua actividade em todo o território nacional e no estrangeiro, designadamente, nos sectores público – administrativo e empresarial, autarquias locais e entidades equiparadas e missões diplomáticas e consulares da República de Angola.
Numa altura em que se aproximam as eleições gerais, tendo o Executivo que prestar contas da sua governação para poder garantir que o partido no poder continue a merecer a confiança dos angolanos, actos como estes não podem ser tolerados, sob risco do povo deixar de acreditar nos governantes.