Início Sociedade Embaixador de Portugal enaltece empenho de Angola no acesso às vacinas contra a Covid-19

Embaixador de Portugal enaltece empenho de Angola no acesso às vacinas contra a Covid-19

por Redação

As primeiras 624 mil doses que chegaram a Luanda fazem parte de um lote de 2 milhões e 172 mil doses que devem chegar ao país até ao final de Maio.

O embaixador de Portugal em Angola reafirmou terça-feira (02) o empenho português no acesso dos PALOP às vacinas e considerou a chegada das primeiras doses a Angola «um sinal importantíssimo» do posicionamento do país no combate à Covid-19.

Pedro Pessoa e Costa, que falava à Lusa à margem da inauguração do depósito central de vacinas de Luanda, onde foram administradas as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 no país, destacou o «grande momento», não só por Angola receber as vacinas, mas também pela inauguração das infraestruturas logísticas que vão acolher os imunizantes.

A ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, inaugurou o depósito central de vacinas de Angola, no dia em que chegaram ao país as primeiras 624 mil doses de vacinas contra a Covid-19, no âmbito da iniciativa Covax, e em que foram vacinados os primeiros angolanos contra a doença.

Para Pedro Pessoa e Costa este é «um sinal importantíssimo de como Angola se tem posicionado», tendo conseguido «em tempo recorde e continuando sempre o seu combate à pandemia» criar estas infraestruturas e iniciar a vacinação. Angola foi o primeiro país lusófono a receber vacinas no âmbito da Covax, «sinal de que leva a sério o combate a esta pandemia que a todos diz respeito», considerou o diplomata.

O embaixador sublinhou igualmente que Portugal «estará sempre disposto a apoiar o continente africano e Angola», lembrando que o primeiro-ministro, António Costa, anunciou recentemente que 5% das vacinas contratadas na União Europeia serão destinadas aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste.

O diplomata destacou ainda a importância de a solidariedade «em momentos difíceis» ser feita de maneira concreta, afirmando que Portugal contribui activamente e financeiramente para a iniciativa Covax, coliderada pela aliança Gavi, organização internacional actualmente presidida por Durão Barroso, pela Coligação para a Inovação na Preparação para Epidemias (Cepi) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

As primeiras vacinas chegaram ao Aeroporto Internacional de Luanda de manhã e começaram a ser administradas a um grupo selecionado de 50 pessoas, incluindo profissionais de saúde, órgãos de defesa e segurança, assim como doentes com comorbilidades.

Para garantir o acesso justo e equitativo aos países de média e baixo rendimento foi criada em Abril de 2020 a iniciativa Covax, mecanismo a que Angola aderiu em Julho de 2020 e ao abrigo do qual recebeu esta terça-feira, 02 de Março, as primeiras doses de vacinas, sem custos.

As primeiras 624 mil doses que chegaram a Luanda fazem parte de um lote de 2 milhões e 172 mil doses que devem chegar ao país até ao final de Maio, adiantou a responsável da Saúde.

As vacinas foram produzidas no Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e maior produtor mundial de vacinas. As vacinas da AstraZeneca/Oxford aprovadas pela OMS,  foram também o principal meio usado para o controlo da pandemia no Reino Unido, completou a ministra da Saúde.

Angola registou até segunda-feira, 01 de Março, um total de 20.807 casos positivos de Covid-19, dos quais 508 óbitos, tendo recuperado 19.322 pessoas. A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.539.505 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,3 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China. *(In Lusa)

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