Início Sociedade Deputado José Maria declara que “muitos dirigentes desviam os recursos financeiros do Estado em benefício próprio”

Deputado José Maria declara que “muitos dirigentes desviam os recursos financeiros do Estado em benefício próprio”

por Redação

José Maria Ferraz dos Santos, conhecido político do MPLA, deputado à Assembleia Nacional e antigo governador da província do Cuanza – Norte, foi o convidado do “Movangola”, associação liderada porAntónio Alcino Sawanga para dissertar sobre o tema “o Resgate dos Valores Morais e Cívicos, a Preservação do Património Público e o Respeito aos Órgãos de Soberania”.

Durante a sua dissertação, José Maria falou da falta de ética e civismo, ressaltando que «muitos cidadãos usando dos cargos que exercem desviam os recursos financeiros destinados à resolução dos problemas dos cidadãos em benefício próprio».

Segundo o prelector,«a educação não pode e nem deve ser confundida com instrução ou formação académica»; para ele, «existem em todas as sociedades indivíduos com instrução e formação de alto nível, mas que não reúnem, em si, princípios e valores éticos e morais», o que considera gravíssimo para a gestão pública e política das suas sociedades.

«E por essa razão e por outras que nos nossos dias e em muitas paragens, cidadãos investidos de responsabilidades no desempenho de altas funções públicas, têm comportamentos inaceitáveis. Muitos cidadãos com responsabilidades assumem compromissos e não honram com a palavra dada. Outros, ao invés de se dedicarem ao trabalho sob sua responsabilidade, perdem mais tempo em engendrar intrigas e calúnias para prejudicar este ou aquele e evitar a progressão dos outros, usando subjectivamente as suas influências, ou porque estão mais próximo de quem decide», disse José Maria Ferraz dos Santos.

O político declarou que muitos dirigentes, usando dos cargos que exercem, desviam os recursos financeiros destinados à resolução dos problemas dos cidadãos em benefício próprio.

José Maria dos Santos é de opinião que a falta de ética, de postura cívica e profissional que se observa em muitos funcionários e responsáveis na função pública faz com que os mesmospassem mais tempo ao telefone em conversas particulares, ao invés de se dedicarem ao trabalho.

O prelectorsublinhou que em muitos serviços da administração pública, os seus agentes funcionam e comportam-se como se estivessem a fazer favor aos cidadãos, em vez de se sentirem a cumprir uma obrigação funcional ao abrigo das suas responsabilidades administrativas. Uma situação quase generalizada e que se agrava quanto mais jovens são referidos funcionários públicos.*(Com Factos Diários)

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