O Banco Mundial em Angola e a Associação de Promoção de Empregabilidade Juvenil (APEJ), realizaram quarta-feira (17), nas instalações do referido banco, em Luanda, um encontro de trabalho para estabelecer metas de parceria para financiamento de projectos sociais para jovens e não só
Victor Kavinda
O presidente da APEJ Benvindo André frisou que o encontro de trabalho teve o propósito de auscultar as preocupações da agremiação relativamente ao financiamento de projectos que visam ajudar a criação de negócios, formação e capacitação profissional de jovens angolanos.
“O Banco Mundial, enquanto instituição financeira internacional, que efectua empréstimos à países em desenvolvimento, encerra dentre outras funções, a erradicação da pobreza no mundo, o financiamento para o desenvolvimento de programas ambientais, educacionais e sociais”.
A direcção da APEJ foi recebida por Manzen Bouri, um especialista líder do sector Financeiro, e Zenaid Hernandez, especialista sénior para o sector privado, que são representantes da direcção do Banco Mundial em Angola.
Por outro lado, o presidente da APEJ aflora ainda que este encontro antecede a visita a Angola de uma equipa do Banco Mundial, nos próximos tempos, com o objectivo de concertar com entidades públicas e privadas do território nacional, com o intuito de apresentar um novo projecto centrado no desenvolvimento de iniciativas ao longo de corredores económicos.
A equipa em questão pretende, no âmbito da visita que fará, organizar “Mesas Redondas”, contando com a participação de associações empresariais, para abordar determinadas questões entre as partes como “o programa de apoio aos jovens empreendedores, as barreiras existentes no crescimento das empresas, o impacto das novas tecnologias e a participação dos jovens no sector agrícola, especificamente na produção e distribuição de bens agrícolas”, disse Benvindo André.
“Na senda disto, o Banco Mundial, em muitos países, tem levado a cabo várias iniciativas para promover a melhoria do ambiente de negócios e a transformação económica, com particularidade para Angola”.
Segundo Benvindo André, da APEJ, a iniciativa é louvável, sinalizando o interesse e o comprometimento do Banco Mundial em apoiar os jovens angolanos por via de projectos e de programas sociais, através dos quais se pode mitigar ou reduzir o impacto da crise económica, em particular, o desemprego que assola a juventude.
Benvindo André fez saber que a APEJ tem estado a desenvolver um conjunto de acções tendentes a promoção do auto – emprego, com principal realce para a “Produção Artesanal de Doces e Kitutes” que tem beneficiado fundamentalmente os jovens e mulheres com necessidades especiais.
Por seu turno, Carla Torrão, coordenadora da APEJ em Luanda, aproveitou a ocasião para transmitir o engajamento da juventude de Luanda nos programas da sua coordenação, apelando igualmente ao apoio institucional do Banco Mundial nos programas formativos.
Da Representação do Banco Mundial em Angola ficou a promessa de um maior acompanhamento das actividades da associação e da criação de mecanismos bilaterais, para o apoio de programas e de projectos geradores de emprego.