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Angosat-2 em fase de conclusão entrará em órbita dentro de 17 meses

por Redação

O satélite angolano de telecomunicações geoestacionário (Angosat-2), em construção pela AirBus Defence and Space, entrará em órbita dentro de 17 meses, anunciou sexta-feira (29), em Luanda, o director geral do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), Zolana João.

De acordo com o responsável, que falava sobre o estado do Angosat-2, durante o webinar sobre «Angosat-2, benefícios económicos para a melhoria da vida das populações», na «Sexta-feira das TICs», realizada pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, tendo em conta a complexidade das métricas de avaliação da construção deste tipo de aparelhos, o Angosat-2 está feito acima dos 60 por cento e tem como previsão de lançamento o primeiro semestre de 2022.
Em sua opinião, o Angosat-2 terá algumas inovações e correcções dos erros cometidos no Angosat-1, nomeadamente terá uma transmissão sete vezes mais ampliada do que o primeiro, o Angosat -1 tinha 16 transponders na banda C e seis na banda KU, já o Angosat-2 terá seis transponders na banda C, 24 na banda KU e como novidade será acrescentado um transponder na banda KA.
O Angosat-2 terá o peso total de duas toneladas, será ainda um satélite de Alta Taxa de Transmissão (HTS) e disponibilizará 13 gigabytes em cada região iluminada (zonas de alcance do sinal do satélite).
O satélite será baseado na plataforma Eurostar-3000 e o tempo de vida útil será de 15 anos. A construção deste novo satélite não trouxe custos para o Estado angolano, pelo facto do contrato de mais de 300 milhões de dólares, rubricado com a parte russa, para construção do Angosat-1, ter acautelado os interesses de Angola, em caso de desaparecimento ou destruição do satélite.
O Angosat-1 foi um satélite de comunicação construído pela empresa russa RSC Energia que seria operado pela Infrasat, tendo sido lançado com sucesso ao espaço no dia 26 de Dezembro de 2017, às 19:00 UTC, por meio de um veículo Zenit-3F/Fregat-SB, a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Contudo, aconteceu uma perda primária de contacto tão logo o satélite entrou em órbita. As comunicações foram recuperadas e logo perdidas novamente até agora.
Recorde-se que o ‘fracassado’ satélite fora baseado na plataforma USP Bus e o seu tempo de vida útil era de 15 anos. O contrato foi assinado pelas partes russa e angolana no ano de 2009. Nos anos seguintes, ambas partes realizaram um trabalho em conjunto para organizar o financiamento do projecto, que tornou possível proceder à sua aplicação prática. O trabalho para a construção do satélite começou no final de 2012. VK

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