A inclusão na proposta de revisão constitucional de uma emenda sobre a perda de soberania de tribunais de primeira instância foi, entre outras, indicada pelo ministro da Justiça, Francisco Queiroz.
A proposta, que reforça o controlo ministerial de processos judiciais, é vista em meios do MPLA como destinada a cair na discussão das emendas, e apenas terá sido integrada na proposta para não contrariar Francisco Queiroz.
O dano para a imagem do partido com a subordinação dos tribunais ao poder executivo e legislativo é geralmente considerado maior do que o ganho – dado que, na prática, o MPLA já os controla.
Também avaliada como carecendo de tacto político é a proposta de alterar a ordem de precedências entre o Tribunal Constitucional e o Tribunal Supremo, passando este a ter precedência hierárquica e protocolar, possibilidade já duramente criticada pela Associação dos Juízes de Angola.
A abertura de sectores independentes da sociedade em relação à iniciativa de revisão tem sido travada pela percepção de que, no essencial, a mesma resulta no reforço do controlo do MPLA sobre o Estado. *(Com a devida vênia ao AM)