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Sílvia Lutucuta – Ministra da Saúde

por Redação

As críticas contra Sílvia Lutucuta acompanham-na praticamente desde que foi nomeada ministra da Saúde, por diversos motivos, sendo um deles o desleixo a que está votado o Ministério.

Não sendo um problema novo, esperava-se que Sílvia Lutucuta, no âmbito da nova visão governamental do Presidente João Lourenço, trouxesse ao sector uma lufada de ar fresco e incutisse dinâmicas no sentido de organizar e criar melhorias a todos os níveis, tanto em termos de condições de trabalho para os profissionais, como no que diz respeito ao atandimento, tratamento e hospitalização dos doentes, entre outros.

Sendo a Saúde um sector que não vive de discursos vãos e/ou promessas incumpridas, a desorganização no seio do Ministério da Saúde (MINSA) foi piorando e espalhou-se a todas unidades hospitalares, com destaque para as unidades menores, como hospitais municipais e centros de saúde distritais ou comunais, onde impera a corrupção activa, onde nada há, nem material gastável nem medicamentos, tendo os pacientes ou os seus familiares de comprar tudo, das luvas às seringas, até ao paracetamol e demais medicamentos. Junta-se à isso as análises que têm que ser feitas no exterior, em estabelecimentos duvidosos, geralmente associados aos próprios técnicos das unidades hospitaleres, assim como as farmácias ou os vendedores de medicamentos e material gastável.

Para as críticas que têm sido feitas, o sector da Saúde está num autêntico caos que vai piorando com o passar do tempo, agudizando-se em 2021, ao ponto de os profissionais da Saúde, ante as diversas carências existentes no Minsa, terem alertado que o sector está(va) às portas de um colapso, havendo ainda a destacar as diversas greves dos técnicos, tanto a nível de enfermeiros como de médicos.

Com o advento da pandemia da Covid-19 as autoridades governamentais, em que se inclui a ministra da Saúde, ganharam um “aliado” para justificar suas incapacidades ou incumprimentos.

Igualmente, a Covid-19 tem sido também um pretexto para enriquecimentos ilícitos e desvio de verbas do erário público. A este propósito, Sílvia Lutucuta tem sido apontada como não dada à prestação de contas.

Por exemplo, em Fevereiro deste ano (2021), ela disse que o Governo já tinha gasto 32 mil milhões de kwanzas para combater a pandemia, mas não disse exactamente como e onde foi empregue essa dinheirama, saltando, entretanto, aos olhos de todos, que a pandemia da Covid-19 “coincidiu” com o enriquecimento dos “guarda-fatos” de alguns integrantes da Comissão Multissectorial de Combate à Pandemia da Covid-19.

Há recorrentes relatos de que depois da cada reunião da referida Comissão, Sílvia Lutucuta pede audiência ao Presidente da República. Depois da audiência, frequentes vezes a ministra da Saúde anuncia decisões não sufragadas na reunião da Comissão.

É-lhe atribuída “inflexibilidade total” diante de propostas que visam  suavizar algumas restrições à actividade económica.

O mesmo se passa em relação às reivindicações dos médicos e enfermeiros a nível de todo o país, em que Sílvia Lutucuta “marimba-se” para a situação dos profissionais e, consequentemente, para as gravíssimas sequelas em que está a afundar o sector da Saúde, pela sua arrogância e também por ser “presunçosa e irascível”, como é descrita na Comissão Multissectorial de Combate à Pandemia da Covid-19.

A sua exoneração imediata há muito que se impõe e, com o aproximar das eleições gerais, a sua manutenção será prejudicial aos planos do MPLA.

Pelo que foi descrito e por muito mais que há a dizer, Sílvia Lutucuta, sem qualquer dúvida, está bem situada entre as “Piores individualidades de 2021”! 

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