O ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu, manteve um encontro com a governadora provincial de Luanda, Ana Paula de Carvalho, e responsáveis de empresas públicas e privadas do sector, para analisar o estado dos transportes públicos na cidade capital
O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, tem-se mostrado bastante preocupado com a situação da mobilidade urbana de Luanda, e não só, que pretende ver melhorada brevemente, pelo que, no âmbito do Plano de Reforço dos Transportes Públicos, o Governo angolano já adquiriu, nos últimos três anos, mil e 239 autocarros, que foram entregues a empresas públicas e privadas que operam no país.
A informação foi prestada quinta-feira (13) à comunicação social por Ricardo de Abreu, durante um encontro com a governadora provincial de Luanda, Ana Paula de Carvalho, que contou também com a presença de responsáveis de empresas públicas e privadas do sector.
No encontro, que serviu para analisar “O estado dos transportes públicos na cidade capital”, o ministro disse que, pela sua densidade populacional, Luanda beneficiou de 489 autocarros, ou seja, o maior número.
O governante afirmou que, desde 2019, data do início do Plano de Reforço dos Transportes Públicos, a frota de autocarros foi duplicada.
A maior preocupação, sinalizou, é a capacidade de ter a frota o mais operacional possível, procurando garantir níveis de execução que permitam, de facto, uma maior fluídez dos passageiros de Luanda.
De acordo com o ministro dos Transportes, um dos aspectos importantes do programa foi a instalação do Centro de Controlo Operacional em todo o território nacional, que permite acompanhar o desempenho e a fluidez da operação dos transportes públicos.
Para além do Plano de Reforço dos Transportes públicos, salientou que se encontra em fase final o Sistema de Bilhetica, que deverá ser lançado em breve, com a introdução do passe regular, para permitir que os passageiros possam circular em qualquer operadora.
Quanto ao problema da mobilidade urbana, o ministro disse ser uma questão em agenda, particularmente no Plano Nacional do Sector dos Transportes e Infra-estruturas Rodoviárias.
“A melhoria da mobilidade urbana em Luanda e em outras partes do país tem merecido uma atenção muito especial”, assegurou.
Por seu turno, a governadora Ana Paula de Carvalho reconheceu que Luanda é a província que mais autocarros recebeu, por ser a mais habitada, mas, ainda assim, insuficientes para atender a demanda populacional. A última frota entregue a Luanda foi de 45 autocarros articulados, em Novembro de 2021, devendo receber, este mês, outros veículos.
Ana Paula de Carvalho anunciou que o governo da província e o Ministério dos Transportes vão analisar a gestão da frota paralisada, bem como redefinir algumas rotas.
O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa de Transportes Colectivos Urbanos de Luanda (TCUL), Catarino César, lamentou o facto de os autocarros serem alvo de vandalismo com frequência, causando prejuízos avultados.
Catarino César esclareceu que a capacidade operacional da TCUL encontra-se abaixo de 50 por cento, porque conta com uma frota antiga e outra nova, não sendo possível colocar todos os meios ao serviço da população.
Por sua vez, o PCA da Macon, Luís Máquina, admitiu que as operadoras ainda não conseguem satisfazer as necessidades de mobilidade da província de Luanda, embora exista o compromisso de melhorar a actividade.
O ministro Ricardo de Abreu assinalou que o seu pelouro está atento às dificuldades e tudo está a ser feito para que sejam ultrapassadas com berevidade. SP