O Ministério da Energia e Águas (MINEA) realiza esta sexta-feira (17), no Hotel de Convenções de Talatona (HCTA), em Luanda, o Fórum Nacional de Água e Saneamento (FONAS) enquadrado na celebração do Dia Mundial da Água, que se assinala no dia 22 de Março
“Os Desafios Financeiros do Sector de Água e Saneamento, Segurança e Resiliência Climática no Sector de Água, Problemática do Saneamento em Angola e o Saneamento nas Cidades Costeiras”, entre outros, são os temas de destaque do Fórum Nacional de Água e Saneamento (FONAS), que teve início esta sexta-feira (17), no Hotel de Convenções de Talatona (HCTA), em Luanda, com intervenções do ministro João Baptista Borges, da Energia e Águas, de Ana Paula de Carvalho, ministra do Ambiente, bem como do representante adjunto da UNICEF em Angola, Andrew Trevett.
A constituição e operacionalização do FONAS visa proporcionar uma plataforma de diálogo entre o Governo e os parceiros de desenvolvimento do Sector de Água, Saneamento e Higiene, para melhorar a coordenação das intervenções no sector, promovendo a criação de sinergias, o alargamento e angariação de recursos financeiros, tanto a nível nacional como internacional.

Na visão do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, os abundantes recursos hídricos de que o país dispõe estão, ainda, por ser eficazmente geridos e aproveitados de forma integrada.
“Nos últimos anos, o Governo tem realizado investimentos ao nível da água e saneamento na capital do país, capitais provinciais, municipais e nas áreas periurbanas e rurais”, realçou o ministro.
Ressaltando a situação de calamidade resultante da seca e falta de água em regiões do Sul do país, João Baptista Borges referiu que “a escala e o alcance dos investimentos recentes são imensos e, se forem eficiente e eficazmente utilizados, resultarão no cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para o abastecimento de água e saneamento, com destaque paraas áreas rurais”.
Entretanto, não descartou dificuldades porque, “à medida que algumas acções são realizadas surgem novos desafios”, por isso, acrescentou, “fica claro que precisamos de garantir que qualquer desenvolvimento seja alcançado progressivamente, e que seja totalmente integrado, de modo que seja sustentável ao longo do tempo”.
João Baptista Borges destacou a importância da parceria com o Ministério do Ambiente e com o UNICEF, importantes parceiros para se atingir os objectivos preconizados e reafirmou que o Governo está atento e ciente da importância da criação de processos que proporcionem estruturas e orientações necessárias para apoiar uma visão estratégica de médio e longo prazo.
O ministro da Energia e Águas pretende que o FONAS ajude a melhorar os mecanismos de comunicação, coordenação e cooperação entre as partes intervenientes e interessadas nos sectores da Água, Saneamento, Higiene e Ambiente, a nível nacional, em apoio ao Governo, assim como responda às necessidades de harmonização das actividades do sector.
Assim sendo, com o esbalecimento do FONAS, Angola dá um passo importante para trazer para o país soluções que deverão responder aos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030, particularmente no que concerne ao acesso à água potável nos domicílios, nas escolas, hospitais, a redução da prática de defecação a céu aberto, melhoria do saneamento e práticas de higiene precárias com grande impacto no bem-estar e desenvolvimento das crianças e suas famílias.
Recorde-se que o FONAS foi criado em Angola em 2019, com o propósito de reflectir sobre vários desafios sectoriais do pós-guerra e também dar resposta à Declaração de Paris 2005 e à Agenda para a Acção de Acra 2008, no âmbito da cooperação para o desenvolvimento.

(J24 Horas)