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MPLA em queda livre “queima” Adalberto da Costa Júnior

por Redação

Vive-se no seio da direcção do MPLA momentos de grande apreensão quanto ao futuro, garantem fontes geralmente bem informadas. Os camaradas, durante os 45 anos de independência, habituaram-se a fazer e desfazer como bem lhes apetecia, sem oposição ou alguém que os pudesse contrariar- Nos últimos tempos, as coisas estão a fugir do seu controlo e a eleição de Adalberto da Costa Júnior para presidente da UNITA aumentou os receios no “Kremlin”.

Licínio Adriano

Quando do processo eleitoral na UNITA, para a substituição de Isaías Samakuva, correram notícias que davam conta de alguma agitação no MPLA, chegando a influenciar para que Adalberto não fosse eleito para liderar o maior partido da oposição em Angola, por causa da sua clarividência, preparação política e espírito combativo capazes de afirmar a UNITA como uma força autêntica para assumir o poder.

As fontes afirmam que a intranquilidade reinante no MPLA tem a ver com a cada vez maior perda da sua popularidade em todo o país, principalmente nos centros urbanos, pelo aumento constante da crise que agrava a situação da população e que o Executivo liderado pelo MPLA, apesar das suas teorias, não encontra soluções práticas para resolver o problema, que seja paulatinamente, mas com firmeza, isenção e patriotismo.

O problema da crise económica data desde 2014 e, de lá para cá, só tem aumentado e o MPLA já está a aproveitar-se da pandemia da Covid-19, para justificar os nefastos efeitos económicos, sociais e a miséria que grassa pelo povo, somado ao alarmante nível de desemprego, com empresas e serviços a fechar e/ou a despedir trabalhadores todos os dias. Acrescente-se a tudo isso, a falta de interesse de investidores estrangeiros em apostar em Angola por falta de confiança, de políticas e de propostas de negócio atrativas.

As políticas de João Lourenço de combate à corrupção, dadas como prioritárias, estão em “banho-Maria” e a opinião pública nacional e internacional chegou à conclusão de que tudo foi apenas um discurso para distrair e atrair simpatias internacionais, considerando a forma como têm sido conduzidas, com “caça às bruxas” e proteção para alguns, além de que a corrupção na administração do Estado alastra-se de forma assustadora e afeta drasticamente a população.

Diante deste cenário medonho, a população está a deixar de temer as medidas repressivas das autoridades e a virar-se para a UNITA, por considerarem que o seu atual líder, Adalberto da Costa Júnior, é a solução para os problemas do país.

Ainda de acordo com as fontes já referidas, mesmo no seio do MPLA, devido ao ambiente que se instalou de “alas” dos que apoiam (bajulam) João Lourenço e dos que não simpatizam com as suas decisões, são muitos os que se estão a encostar à UNITA.

Esta constatação está a incomodar a atual direção dos camaradas que, depois de terem falhado para impedir que Adalberto fosse eleito preisdente no Galo Negro, estão agora a envolver o Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) e o Gabinete de Ação Psicológica e Informação (GAPI), adstrito à Casa de Segurança do Presidente da República, dirigido pelo “reabilitado” Norberto Garcia, para desestabilizar a nova imagem da UNITA junto da população e impedir que se aproveite do mau momento que se vive no MPLA, assim como do descontentamento dos angolanos e afirmar-se como potência partidária para tirar o MPLA do poder que detém desde a independência.

Segundo notícias postas a circular, para impedir o sucesso da UNITA, tanto o SINSE como o GAPI, estão dispostos a ir até às últimas consequências. O primeiro objectivo é “sujar” Adalberto da Costa Júnior e acusá-lo de ações negativas, incrementando via redes sociais uma mega-campanha de propaganda intimidatória para o desacreditar. Segundo as fontes, a mesma já está em curso. Muita água ainda vai correr por debaixo da ponte!

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