Início Política João Lourenço luta para melhorar mas há quem atrapalha o seu desempenho

João Lourenço luta para melhorar mas há quem atrapalha o seu desempenho

por Redação

Angola tem sido vista, nos últimos tempos, internacionalmente, como um exemplo de querer melhorar e o seu esforço de combate à corrupção é tido como positivo.

Licínio Adriano

A recuperação da imagem do país, altamente degradada por décadas de sucessivos casos de corrupção, foi a principal prioridade avançada pelo Presidente da República, João Lourenço, no início do seu mandato.
Três anos depois, as opiniões variam sobre os efeitos de tal processo. Enquanto há quem considere que o “combate contra a corrupção e suas variantes, como o nepotismo, peculato, impunidade, entre outros”, tem sido selectiva, opiniões há que a avaliam como positiva e até mesmo, dado a complexidade dos casos, que está a ser bem sucedida. Mas, como também não podia deixar de ser, outros preferem esperar, ver, para depois tirar as suas ilações.
Porém, é dado concreto que a imagem do país junto dos investidores estrangeiros, a que se associa um aumento exponencial do investimento no país, estimulador do crescimento económico e criação de emprego, melhorou sobremaneira.
A governação de João Lourenço, devido a situações encontradas não tem sido fácil, considerando que, muitos dos quadros “herdados” do anterior regime, habituados ao deixa andar a que se habituaram, baralham as coisas e fazem com que muitas implementações atrasem e/ou não sejam efectivamente concretizadas.
A tudo isso, acrescenta-se que os mesmos dirigentes, passam para fora notícias e comentários que descredibilizam os esforços da actual liderança. Por esse motivo, acusam João Lourenço de se fazer rodear por governantes com pouco peso político.
Como tem sido referido, o principal foco de descontentamento, sobretudo entre alguma da “velha guarda” partidária, que se considera preterida, está no próprio partido. Em alguns sectores, mais comprometidos com o roubo, a luta contra a corrupção representa uma ameaça aos seus interesses.
Assim sendo, quando o Presidente da República se referiu que encontrou os “cofres vazios”, em vez de explicar-se que “cofres vazios” significava um valor que não satisfaz as necessidades do Governo, ou seja, que apesar dos esforços impostos, o valor é incapaz de satisfazer os interesses mínimos do Estado, requerendo empréstimos de outros estados à fim de satisfazer tal desiderato, a referida expressão foi motivo para aproveitamentos negativos.
Como é sabido, é grande o descontentamento que grassa pelas elites do poder em Angola, desde que o Presidente da República João Lourenço hasteou a bandeira da luta contra a corrupção e a impunidade, defendendo o retorno de tudo quanto foi roubado ao erário público, como bens e dinheiro.
Por isso, nos últimos dias, os que esvaziaram os cofres do Estado tentam a todo o custo desfeitear os esforços do Presidente da República e da justiça, bem como não se cansam de inovar nas suas tácticas para prejudicar o Estado e o povo angolano.
Actualmente, devido à presente crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, o encaixe financeiro do Estado baixou bastante e com isso, as condições de vida dos cidadãos e famílias estão a degradar-se consideravelmente. E há, até, estudos internacionais que apontam para cenários catastróficos de pobreza e miséria que poderão afectar centenas de milhões de pessoas, mesmo nas latitudes mais desenvolvidas.
Por outro lado, a quase totalidade dos visados no processo de recuperação de activos, iniciado no final de 2018, na sequência de um diagnóstico, ordenado pelo Presidente, ao conglomerado de activos, dentro e fora de Angola, cuja aquisição foi suportada por financiamento com garantias do Estado angolano, tem assumido, nos últimos dias, uma postura de abertura à negociação com o Serviço de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República, o que não agrada a muita gente, mas cujos resultados podem vir a ser muito proveitosos para o país.
Em suma, a vida de João Lourenço, enquanto Chefe de Estado, não tem sido nada fácil e merece o benefício da dúvida perante tantas situações adversas. Todo o cidadão deve contribuir, no seu sector e dentro das suas capacidades para engrandecer Angola!

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