Início Política João Lourenço afirma que justiça angolana melhorou e não anda só atrás de “ladrões de galinhas”

João Lourenço afirma que justiça angolana melhorou e não anda só atrás de “ladrões de galinhas”

por Redação

O Presidente da República, João Lourenço, destacou quinta-feira (09), em Luanda, em conferência de imprensa a 12 órgãos públicos e privados de comunicação social angolanos, diversas vertentes da sua governação, que considerou “um mandato positivo”

Japer Kanambwa

João Lourenço descreveu com largo destaque os investimentos do Estado na Saúde Pública, sublinhando que o sector registou muitos avanços nos últimos cinco anos, com a realização de vários concursos públicos e a reabilitação e construção de diferentes unidades sanitárias em todo o país.

Segundo o Presidente, foram construídas, desde 2017, oitenta e cinco (85) unidades hospitalares de nível primário, secundário e terciário, com recursos do PIP e do PIIM, estando ainda em fase de construção, no nível terciário, os hospitais gerais de Viana, Cacuaco, Caxito, do Sumbe, de Ndalatando e do Cunene.

Arrancou há dias a conclusão do Hospital Geral de Mbanza Congo, sublinhando que já está aprovado e tem financiamento, para 2023, a construção do Hospital Geral da Catumbela, do Lobito, Benguela, Dundo e Uíge. Por outro lado destacou a construção de um novo Hospital Universitário em Luanda, e a reabilitação, nos, próximos dois ou três anos, do hospital Américo Boavida, assim como a reabilitação do Hospital Militar (Luanda) e a inauguração do conhecido Hospital Pedalé, ainda este ano.

“Estamos a olhar para o sector com muito carinho”, afirmou o Presidente da República, para quem não há muitas razões para a realização de greves no sector da Saúde, promovidas pelos sindicatos.

Na conferência de imprensa, o Presidente abordou vários outros temas, como a adjudicação directa de milhões de dólares a empresas próxims do Governo e as manifestações e greves realizadas no país.

Em seu entender a justiça de hoje já não é a de ontem, melhorou em todos sentidos. Antes, a justiça apenas ia atrás de “ladrões de galinhas” mas agora é diferente. “Era impensável que determinadas figuras se pudessem sentar na barra dos tribunais”.

Os tribunais “têm muito mais independência e liberdade de acção, senão continuariam amordaçados pelo poder político que diria ‘não mexe aqui, não mexe ali’ ou ‘não mexe neste ou naquele'”, referiu.

Na mesma senda citou o “caso Lussaty” airmando que o mesmo corre os seus trâmites legais, “o caso não foi ‘congelado’”, garantiu, acrescentando que “vai vir a público muito em breve e depois, seja o que Deus quiser”.

Em relação aos  convites para observação internacional das eleições, João Lourenço disse que os convites serão enviados dentro do prazo legal, 30 dias antes do dia da eleição e que, segundo a lei, podem ser feitos pelo Presidente da República, pela Comissão Nacional Eleitoral, pelo Tribunal Constitucional ou pela Assembleia Nacional, de forma directa ou indirecta.

O Chefe de Estado afirmou que, se for reeleito a 24 de Agosto, a sua principal prioridade será a “conclusão daquele programa ambicioso de combate à seca no sul de Angola”. O mesmo está estudado, está aprovado, está orçamentado, “sabemos quanto tempo vai demorar a construção, vai custar 4,5 mil milhões de dólares, é muito dinheiro, mas vai salvar vidas. Já estamos no terreno, na mobilização desses recursos. O primeiro projecto já foi apresentado à sociedade, o projecto do Cafu, no Cunene, alguns já estão em execução, outros virão mais tarde”, revelou.

Quanto à comunicação social angolana, reconheceu que ainda “não é a ideal, o país não tem uma comunicação social perfeita, mas dias melhores virão”.

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