O representante da Associação Mosaico, falou da problemática das políticas públicas, do orçamento participativo e da desflorestação da região Leste do país, que, na sua opinião, carece de mais fiscalização
O Presidente da República, João Lourenço, abordou, segunda-feira (21), a situação social, económica e política do país com vários membros da sociedade civil.
Em reuniões separadas, o Chefe de Estado angolano ouviu as opiniões e ideias que, do ponto de vista socioeconómico, podem contribuir para a melhoria das condições de vida dos angolanos.
Em declarações à imprensa, o activista social Rafael Marques informou que entre os assuntos em análise estiveram a reforma agrária, o combate à fome e pobreza, a burocracia estatal e a actual Constituição do país.
Rafael disse que não se pode falar em combate à fome sem que haja uma reforma para o aumento da produção agrícola.
Neste particular, defendeu a necessidade de haver mais pessoas no campo a produzir com segurança jurídica, para não terem dificuldades no acesso às terras e a pequenos créditos.
Por sua parte, Guilherme Neves, da Associação Mãos Livres, organização cujo objecto social está ligado à promoção social e defesa dos direitos humanos, apresentou preocupações ligadas ao acesso à justiça nas comunidades, à revisão da lei de terras e ao código mineiro.
No concernente ao acesso à justiça, advogou a expansão destes serviços a todas as regiões do país, nesta altura em que se projecta a sua descentralização.
Também recebido pelo Chefe de Estado, o frei Júlio Candeeiro, da Associação Mosaico, falou da problemática das políticas públicas, do orçamento participativo e da desflorestação da região Leste do país, que, na sua opinião, carece de mais fiscalização.
A Associação Mosaico existe há 25 anos e tem as suas acções dirigidas à defesa dos direitos humanos e promoção social.
Já Carlos Cambuta, director-geral da Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA), manifestou inquietações sobre o que considerou falta de mais diálogo a nível nacional com líderes dos partidos políticos e membros da sociedade civil.
Fundada em 1990, a ADRA, com acções centralizadas no desenvolvimento sustentável nas comunidades rurais, leva a cabo projectos nas províncias de Benguela, Moçamedes, Malanje, Huambo e Huíla. (In Angop)