Início Política Governadora Mara Quiosa na “corda bamba” com benguenses a exigirem a sua destituição

Governadora Mara Quiosa na “corda bamba” com benguenses a exigirem a sua destituição

por Redação

Mara Baptista Quiosa está em “maus lençóis” nas terras do “jacaré bangão”. É descrita como arrogante, pouco preocupada com o progresso da província e o bem-estar das suas populações, não se sabendo o que tem sido feito com os dinheiros públicos que têm sido destinados para a realização de projectos de que só se ouve falar, mas nunca são concretizados, pelo que os habitantes do Bengo, em geral, exigem a sua exoneração imediata

O assunto não é novo e, depois de ter gerado alguma polémica no decorrer do ano passado, eis que, nos últimos dias, a situação da governadora do Bengo, Mara quiosa, está a tomar proporções insustentáveis.

Anteriormente, um grupo de cidadãos naturais e residentes no Bengo exigiram a exoneração, pelo Presidente da República, João Lourenço, de Mara Quiosa, devido ao que consideram “estado deplorável e de abandono” a que as “terras do Jacaré Bangão estão votadas”.

Em uma declaração tornada pública, os referidos cidadãos, afirmando que estão em pleno gozo dos seus direitos e deveres, e que sempre estiveram dispostos para contribuir em prol do crescimento e desenvolvimento da marginalizada província do Bengo, pediram ao Presidente da República que, nos termos das competências que lhe são conferidas na alínea k) do artigo 119° da nossa Lei Magna, exonerasse a senhora Mara Regina da Silva Baptista Domingos Quiosa, do cargo de governadora da província do Bengo.

Justificando as razões da sua “exigência”, o grupo que quer ver Mara Quiosa fora da gestão da província vizinha da capital do país, descreve que, entre muitos factores, consta o que chama de “falta de discernimento entre a função político-partidária e as obrigações do papel político-administrativo, o que de per si, configura uma afronta aos esforços do Presidente da República, quanto a aclamada despartidarização das instituições do Estado e da sociedade”.

Os cidadãos denunciaram igualmente uma suposta gestão danosa da governadora provincial, a quem acusam de “flagrantes actos de corrupção, nepotismo e peculato, por um lado, e por outro, praticados pelos membros do seu pelouro com o encobrimento e advocacia da senhora governadora, como se registou no concurso público da educação”.

Os cidadãos apontam ainda aquilo que entendem ser “actos abomináveis”, alegadamente praticados pelo governo local “através dos seus órgãos municipais e comunais”, que na visão deles, “têm anuído eventos sociais abomináveis aos hábitos, costumes e cultura que, manifestamente representam um empecilho contra o plausível e necessário intento do Executivo em moralizar a sociedade, numa clara ameaça ao futuro da província”.

Na mesma esteira, apontam também o recorrente incumprimento da “palavra dada e dos projectos sociais gizados pelo Executivo”, que têm como consequências graves, a defraudação das expectativas e esperança das populações, contribuindo dessa maneira para a miséria das mesmas que há muito se encontram na condição de pobreza absoluta.

“E, como é evidente, esta situação cria sentimentos de revolta e pode resvalar em grande instabilidade e perigar a pouca paz que ainda paira nessa circunscrição do país, que é um ponto estratégico de ligação com outras províncias”, referem os cidadãos.

Alertam que “há falta de transparência na contratação das empresas para a execução dos 78 equipamentos sociais contemplados no Programa de Intervenção nos Municípios (PIIM), há falta de resultados dos vinte e cinco milhões de Kwanzas que, ao abrigo do decreto presidencial 40/18 de 9 de Fevereiro (Lei da desconcentração e descentralização administrativas), deveriam beneficiar as diferentes comunidades da província.

Sublinhando, reiteram que não são vistos na prática os resultados em que são investidos os 25 milhões de kwanzas, que todos os meses os municípios do Bengo recebem para a resolução dos principais problemas das populações.

Como se não bastasse, acusam a Mara Baptista Quiosa de ser uma gestora “arrogante e a megalomania com que tem exercido o poder público, caminham em contra-mão para o estabelecimento do diálogo constante entre o governo e todas os segmentos sociais, bem como do modelo de governação de proximidade, de servir e não de servir-se”.

A citada declaração, alerta o  Presidente da República para essas e outras razões não evocadas, enquanto “elementos que, perigosamente impedem a materialização do programa que o fez eleger, que é corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”.

Com o aproximar das eleições gerais, em Agosto do corrente ano, militantes do MPLA estão preocupados com a postura da governadora. Contudo, fontes próximas ao  Governo provincial do Bengo, dizem que desconhecem a situação descrita. Mas os militantes apontam as razões para que se exonere Mara Quiosa.

Mais desenvolvimento em próximas edições! (Com agências)

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