O combate à corrupção em Angola está muito longe de ser concretizado, porque, a cada dia que passa, diversos actos de alta corrupção protagonizados por governantes e seus círculos próximos (familiares e amigos) vêm à público. Analistas abalizados concordam que, nos últimos tempos, o fenómeno corrupção, em de abrandar, tem aumentado vertiginosamente.
Santos Pereira
Ode acordo com informações fidedignas, o ministro angolano da Energia e Águas, João Baptista Borges, no cargo há mais de dez anos, está sob vigilância das autoridades norte americanas. Embora no campo diplomático os EUA, apoiem o combate à corrupção em Angola, Washington, começou a duvidar da capacidade de João Lourenço em concretizar esta luta.
Os analistas de várias agências norte-americanas, não entendem as razões que motivam João Lourenço a manter no seu governo figuras com reputação duvidosa. Esta questão tem sido levantada desde que compôs o seu elenco governamental e pela proteção que tem dado a indivíduos como Manuel Vicente, entre tantos outros corruptos, gatunos e antipatriotas que com ele convivem-
O problema da Energia e Águas, mesmo muito antes de João Baptista Borges, tem sido considerado como um dos maiores focos da delapidação do erário público. É um setor que, todos anos, consome milhões de dólares. É o setor que mais projetos apresenta, que promete tudo e mais alguma coisa mas, os anos passam, somam décadas e a situação nunca melhora. Apenas alguns paliativos têm sido apresentados para confundir os cidadãos e a opinião pública.
Tantas barragens, tanta água o país possui, mas em termos de distribuição desses bens à sociedade angolana no geral, Angola, apesar de toda a sua riqueza, continua a ser o pior país do mundo. Pior, porque tem tudo para que o seu povo e todos quantos vivem ou passam pelo país, pudessem, sem constrangimentos, usufruir e orgulhar-se de um país em que os seus filhos soubessem tirar proveito do que Deus pôs à disposição.
Porém, tal como acontece no setor da Construção e Obras Públicas e no dos Petróleos, Diamantes etc, em vez dessas riquezas beneficiarem o país e os seus cidadãos, apenas servem para enriquecer filhos malditos, traidores da própria Pátria, e seus comparsas-
No setor da Energia e Águas, ao longo dos tempos, muitos são os “expert’s”, os mais “sabichões”, os grandes “malabaristas” que por lá passaram, desgraçaram o país, encheram os bolsos e foram-se impunes, sãos e salvos. Mas tem sido uma fonte onde todos governantes debicam o seu pedaço.
Desta feita, notícias dão conta que, fonte bem posicionada no departamento de Estado dos Estados Unidos, avançou ao Confidence News, que sob o radar do Departamento do Tesouro americano, estão várias individualidades angolanas, com destaque para João Baptista Borges, responsável pela execução de alguns projetos financiados pelo Banco Mundial e o Banco de Desenvolvimento Africano que têm os Estados Unidos como maiores acionistas.
Borges terá despertado a atenção de Washington, devido a várias contas em paraísos fiscais com milhões de dólares detidas por familiares e pessoas próximas, identificadas como seus testas de ferro.
Para os Estados Unidos, o beneficiário efetivo deste dinheiro é o ministro da Energia e Águas. Washington quer prevenir que os fundos cedidos à Angola pelo Banco Mundial, não sejam desviados para fins inconfessos.
A nossa fonte, revelou que o Departamento de Tesouro dos EUA, solicitou informações ao Departamento de Estado, depois que surgiram várias denúncias sobre atos ilícitos do ministro da Energia e Águas e seus familiares.
A fonte revelou que, do departamento de Estado, saiu um parecer negativo sobre a aplicação de linhas de crédito do BM à Angola. O Departamento do Tesouro solicitou ao Banco Mundial que avaliasse a idoneidade das empresas que executam os programas financiados por esta instituição em Angola.
Saliente-se que, os Estados Unidos, são os maiores investidores do Banco Mundial e do Banco Africano de Desenvolvimento e têm todo interesse em saber se o seu dinheiro está a ser aplicado corretamente, explicou a fonte.
Só este ano, o Banco Mundial aprovou financiamentos superiores a mil milhões de dólares, para três projetos estruturantes angolanos dos quais, 320 milhões de dólares destinados ao Projeto de Fortalecimento do Sistema de Proteção Social, 500 milhões de dólares para Operação de Apoio Orçamental e igual montante (500 milhões de dólares) para o Projeto de Água do Bita.
Entretanto a população questiona: onde está a água? Para quando energia elétrica de verdade? São questões que o próprio Chefe de Estado, João Lourenço, tem que responder com honestidade e sem arrogâncias!
