Por não confiar no sistema de saúde do país, general Kopelipa cria uma mini-clínica privada em sua casa com capacidade para acolher 5 pacientes.
Márcia Elizabeth*
Notícias postas a circular revelam que o general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior ‘Kopelipa’, é citado em círculos do regime como tendo montado, numa das suas casas no município da Samba, em Luanda, uma mini-clínica privada com material de ponta e com capacidade de acolher cinco doentes.
A iniciativa do general reformado é justificada como decorrente da falta de confiança que lhe é atribuída em relação ao sistema de saúde em Angola, que ultimamente tem sido abalado com relatos de crescente decadência.
Segundo fontes que acompanham a iniciativa privada de ‘Kopelipa’, aquele antigo chefe da Casa de Segurança reforçou recentemente a sua «mini–clinica» com três médicos vindos de Cuba, para qualquer emergência familiar neste período do combate contra a propagação do Covid-19.
«O general não confia e não precisa dos hospitais do governo, por isso criou as suas próprias condições em casa para qualquer caso de emergência no seio familiar e montou cinco conjuntos de aparelhos com a capacidade de internamento para cuidar de cinco pessoas ao mesmo tempo», informou uma fonte, revelando que o antigo braço direito de José Eduardo dos Santos criou igualmente condições de «análises de sangue no seu mini laboratório».
No período em que esteve a exercer funções no aparelho do Estado, o general ‘Kopelipa’, fazia as suas consultas medicas num clinica em Miami, Estados Unidos da América. Há cerca de dois anos que passou a alterar para Barcelona, onde um irmão e um filho têm também recebido tratamento médico.
Com o agravamento da situação do Covid-19, e sem possibilidades de sair do país, devido ao encerramento do espaço aéreo, o general teve a «visão estratégica» de montar o que é seu, e não ficar dependente dos hospitais e clinicas ligadas ao regime que ajudou a erguer.
Na opinião de um analista contactado, esta atitude nada mais é do que a confirmação de que os governantes angolanos, salvo raras excepções, não trabalham em prol do desenvolvimento do país, muito menos do povo angolano. «Num passado recente e mesmo actualmente, sabe-se que muitos dirigentes angolanos, entre membros do Executivo e deputados, não acreditam no nosso sistema de saúde e preferem tratar-se lá fora com as suas famílias», frisou, acrescentando: «até para uma consulta dentária, para arrancar um dente, deslocam-se ao estrangeiro. Por isso, não é de admirar a atitude de ‘Kopelipa’, outros há que pagam avultadas somas a médicos e especialistas para fazerem consultas e tratamento ao domicílio», rematou.
É caso para dizer: Aí se a moda pega! Coitado do povo!!! *(Com Agências)