Depois da publicação por este órgão as falcatruas cometidas pelos dirigentes do município do Dirico, na província do Cuando Cubango, que se encontravam ausente dos seus locais de trabalho por cerca de sete meses sem qualquer justificação, os mesmos já estão naquela localidade desde a noite do passado dia 03 do mês em curso. Sgundo se apurou, «foi uma orientação de Miguel Kassela»
Domingos Kinguari
Informação prestada ao Jornal 24 Horas online por uma fonte do governo provincial do Cuando Cubango, dá conta que, «depois de estarem ausentes do município do Dirico durante sete meses e em função das denúncias postas a circular, o administrador municipal Miguel Kassela orientou os seus ‘comparsas’ para voltarem a assumir as suas funções, sem terem dado ‘cavaco’ às demais entidades que assumiram a direção daquela circunscrição na ausência deles. São os casos do administrador municipal adjunto, Tobias, que por sinal é cunhado do administrador, acompanhado de sua esposa, o director do gabinete de Estudos, Planeamento e Projectos, Jaime, o director do Gabinete Jurídico, Sikila, e o director da Educação, Juventude e Desportos, que regressaram às 21 horas do dia 3 de Dezembro», denuncia a fonte.
Como disse, os sobas e regedores que prestaram serviço público na administração local do Estado, estão a preparar uma carta ao administrador municipal e ao governador provincial, no sentido de cobrarem subsídios por, durante sete meses, terem ficado a interinar as actividades da administração no município do Dirico.
«Depois de abandonarem os seus cargos e deixarem o município à sua sorte, agora aparecem na calada da noite para assumir os seus cargos como se estivessem abandonados na praça pública. Nós perdemos muito tempo, tínhamos outras actividades e não as fizemos para o bem da comunidade, agora os ladrões aparecem sem que nada lhes aconteça! Afinal onde está a Inspecção – Geral do Estado? Apesar de tantas denúncias preferem ficar calados e se não agem é porque são outros corruptos que recebem dinheiro daqueles ladrões», lamentam.
A fonte refere ainda que a construção de residências para os professores, enfermeiros e outros técnicos da administração pública, que está a decorrer no bairro 23 de Março, em Menongue, foi adjudicada à empresa DW, que pertence a um quadro da administração municipal, identificado apenas por Miraldino. O dinheiro que recebe pela empreitada é desviado para a compra de viaturas topo de gama para a sua esposa, que tem vivendas na província do Bié à custa do dinheiro do erário público.
A fonte assegura que «as empresas que estão ligadas ao administrador municipal do Dirico, Miguel Kassela, ao vice-governador, Antas Miguel, ao exonerado governador Júlio Bessa, ao administrador adjunto do Dirico, Tobias, Miraldino, Jaime, são as que construíram alguns ditos centros de saúde naquela localidade e fugiram com o dinheiro sem terminar as obras», garante.
«As empresas são Alzija; J e Jc; Cegac e Filhos Limitada; Claúdia Filomena e Grejomar Comércio e Prestação de Serviços. Já para a reabilitação das administrações municipais e comunais do Dirico, são a Jecosta Comércio; Desiderio Toribio Canimbo Ndala; Gildamari e Filhos Limitada; Wache Comercial e Filhos Limitada e Ada Comercial Limitada», denuncia a fonte.
Uma vez mais contactou-se via telefónica e whatsapp o administrador municipal do Dirico, Miguel Kassela, mas não atende as chamadas.