O Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Porto de Luanda, Alberto António Bengue, é outro dirigente que o público considera como um dos melhores de 2021.
Depois de já ter merecido destaque no ano passado, desta feita Alberto Bengue volta a ser apontado, por não desistir do seu propósito em melhorar aquela importantíssima instituição portuária, em todos sentidos.
O desleixo e a balbúrdia anteriormente reinante no recinto entraram na ordem e é visível a organização que tem sido implantada em todos sectores, prevendo agora colocar a infra-estrutura em primeiro lugar, no ranking regional, onde ocupa, actualmente, uma posição não condizente com o potencial do país, visando adoptar o modelo de gestão de porto senhorio, com aplicação de maior investimento em infra-estruturas e aumento da profundidade do seu cais.
Actualmente, o Porto de Luanda ocupa a quarta posição no ranking dos portos da região austral do continente africano, uma posição que preocupa o seu Conselho de Administração, que tem como desafio a melhoria da posição, visto que ainda continua a ser preterido pelos navios de grande porte, que preferem atracar nos portos de Brazzaville, Namíbia e da África do Sul, que possuem melhores condições infra-estruturais.
Outra desvantagem que contribui para a posição “não boa” do Porto de Luanda no ranking regional são os equipamentos de carga e descarga. Entretanto, a expectativa é que, com a entrada da nova gestão e os investimentos que a ‘DP World’ vai realizar com o contrato assinado a 25 de Janeiro último, a situação poderá ser invertida.
Desta forma, o Porto de Luanda deixará de ser um porto alimentador para passar para um porto A, permitindo a que “os grandes navios passem a atracar no Porto de Luanda, de onde sairão os navios menores com destino a outros portos mais pequenos, tanto da região como no país”.
Alberto Bengue e sua equipa, têm manobrado todas as situações negativas com mestria, em meio à racionalização dos recursos humanos e da força de produção. O Sistema Integrado de Segurança Portuária, foi um dos sectores que muito preocupava e mereceu toda atenção do PCA Alberto Bengue.
Apesar de se destacar a aposta do Executivo na modernização do Porto de Luanda, como forma de o tornar mais competitivo, quer a nível nacional, quer a nível regional e internacional, a instituição Porto de Luanda continua numa situação lastimável, mesmo depois da entrada em cena de um operador privado de referência mundial, por situações alheias ao Conselho de Administração e o seu PCA.
Muito se tem questionado sobre a primeira tranche, no valor de 150 milhões de dólares, pago pela multinacional. Porém, sobre esse quesito, foi explicado que apenas o Executivo, ou seja, o Mintrans, “é que pode esclarecer o verdadeiro destino que lhe foi dado e quando e como é que serão materializados os projectos inerentes ao contrato”.
Ante tantas dificuldades impostas, Alberto Bengue tem mostrado calma, serenidade e competência em lidar com as adversidades , até porque o Conselho de Administração do Porto “só age até onde lhe é permitido”.