Réu e defesa foram notificados tardiamente sobre a data do julgamento, pelo que o julgamento teve que ser adiado por erro da justiça e foi remarcado para o mês de Fevereiro
Visivelmente mais magro, o empresário chegou a tribunal mais de uma hora depois da hora da sessão. Entretanto, o jugamento foi adiado para análise de requerimentos apresentados pelas partes e, como disse o juiz da causa, porque o réu e a sua defesa foram notificados tardiamente.
O julgamento do empresário luso-angolano Carlos Sao Vicente, que deveria ter início esta quarta-feira, foi adiado devido ao atraso na notificação do arguido e para análise de requerimentos apresentados pelas partes.
Carlos São Vicente chegou quarta-feira (26) ao tribunal de Luanda onde devia começar a ser julgado por crimes de peculato e fraude fiscal pelas 10h40, mais de uma hora depois da hora prevista para o início da sessão.
Visivelmente mais magro, o empresário, que está detido na cadeia de Viana, cumprimentou a mulher, Irene Neto, que se encontrava já na sala, com a presença de numerosos jornalistas que acompanham o caso.
Além da mulher, filha de Agostinho Neto, primeiro Presidente de Angola, estavam também presentes para assistir ao julgamento outros familiares de Carlos São Vicente.
Antes do início do julgamento na 3.ª secção criminal do tribunal Dona Ana Joaquina, a defesa voltou a criticar a detenção do empresário.
“Existe um princípio de presunção de inocência que deve ser respeitado” disse aos jornalistas o advogado, François Zimeray, sublinhando que a liberdade é a regra e a prisão deve ser uma excepção.
O advogado salientou que a dignidade “deve ser respeitada” e lamentou que Carlos São Vicente esteja a servir de bode expiatório para as dificuldades do país. (Com agências)