Um dos candidatos ao cargo de presidente do Partido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), Abreu Capitão Bernardo, apresentou à imprensa o seu programa de governação para o quinquênio 2021 à 2026
Domingos Kinguari
Abreu Capitão Bernardo justifica a razão de se candidatar ao cargo de presidente do partido, dizendo que «para liderar qualquer instituição, significa que o mesmo deve possuir um conhecimento profundo e uma visão concreta, real e objectiva, da instituição que pretende liderar. Na verdade, o candidato Abreu Capitão cresceu política e socialmente no seio do PDP-ANA sem trair as suas convicções políticas nem o partido, militando sempre como bom e inteiramente disponível servidor do partido, sem descurar um só momento as tarefas que lhe foram confiadas sem esmorecer», assegurou.
Considerando que «este congresso reveste-se de extrema e inegável importância para os seus militantes e o seu futuro, ao eleger o presidente que conduzirá o partido às eleições gerais que se avizinham no país e ditarão os destinos do partido. Os militantes determinarão a sobrevivência ou não do partido. O PDP-ANA vai ou não manter a sua posição de um partido político de oposição firme, incontornável em Angola? O PDP-ANA vai ou não manter-se unido, coeso, forte e actuante? O PDP-ANA vai ou não se estender a todas as aldeias, comunas, municípios e províncias? Eis a grande questão, cuja resposta é urgente para a sua extensão com a participação de todos nós», argumentou.
«Para mudar este estado de coisas e salvar o PDP-ANA, é preciso muita serenidade de espirito e um profundo sentido de discernimento para encontrar o melhor caminho conducente às metas e objectivos que satisfaçam o desejo comum de alcançar o ponto de chegada neste conturbado momento do PDP-ANA. É neste contexto que o candidato Abreu Capitão Bernardo, homem de ponderação, bom senso e dialogante, encara o congresso como um momento histórico determinante», disse.
O candidato lembrou que os militantes que tinham como lema: «Maianga ponto de partida e Cidade Alta ponto de chegada», «perderam tempo desde 2015 a 2021 com a fraca participação notável dos membros activos. Como é do vosso conhecimento, agora o partido vai começar uma nova etapa, é preciso sabermos que cada etapa da luta, corresponde a um pensamento adequado, são necessárias novas políticas e estratégias, é preciso um programa ambicioso, capaz de mobilizar e congregar as energias de toda massa militante do partido e dos angolanos», incentivou.
Para convencer os seus eleitores, referiu que, «se o candidato Abreu Capitão Bernardo for eleito, é o presidente que o PDP-ANA merecerá pelo seu dinamismo, espirito de iniciativa e alto sentido de responsabilidade; pela sua coragem, criatividade e visão profunda, saberá fazer renascer a esperança. Os militantes e dirigentes do partido nunca tiveram a capacidade e possibilidade de pensar e agir. Por esta razão importante, eles devem considerar-se os actores principais da construção de um futuro de esperança. O congresso deve ser motivo de paz e de reconciliação».
«Militantes do PDP-ANA nunca tiveram possibilidade de pensar e de agir»
Abreu Capitão disse ainda que está imbuído do espirito empreendedor, de resistência e de sacrifício do nosso querido fundador e líder histórico e da inquebrável vontade de imprimir uma nova dinâmica no partido. «Eu posso ajudar a caminhar de forma segura e confiante para alcançar os objectivos almejados, sem pretender conhecer profundamente ou muitíssimo bem todos dirigentes do partido, reconheço ter partilhado com muitos a mesma história, vida, o mesmo ideal e partilhar, ainda hoje, os mesmos projectos políticos futuros», afirmou.
Considera que caso seja eleito presidente, «vou consolidar a unidade, coesão e estabilidade no partido, com a implantação e dinamização das estruturas do partido em Luanda e em todo o território nacional no geral, vou garantir o pleno funcionamento de todas as estruturas do partido, e vai haver uma forma de diversificação das fontes de financiamento do partido. Garanto uma gestão eficiente e transparente, informação, formação e educação permanente dos militantes, promoção da mulher e da juventude e mortalização da figura do presidente fundador e outros heróis do partido», prometeu.
Reiterou que o malogrado presidente, fundador e líder histórico do PDP-ANA, professor/engenheiro Mfulumpinga NLandu Victor, «deixou-nos o legado de continuar a obra e manter a unidade e coesão interna do partido. O mundo globalizado e a competição feroz deste novo século, ou seja, o século XXI, exigem de nós uma capacidade de interacção muito grande, com altos níveis de energia e empenho, afim de possibilitar o alcance de objectivos e até a manutenção de liderança no mundo», destacou.
Recorde-se que em 1992, Abreu Capitão Bernardo foi o coordenador que instalou o PDP-ANA na região sul do país, que englobava as províncias da Huíla, Namibe e Cunene. É membro do bureau político e do comité central do PDP-ANA desde 2007. No pleito de 2015 concorreu a liderança do partido e perdeu para Simão Makazu.