Adalberto Costa Júnior, actual presidente da UNITA, não olha a meios para atingir fins, demonstrando que, neste capítulo, a sua táctica de vitimização valeu-lhe, por enquanto, chegar à presidência do partido e usá-lo como trampolim para novos «saltos» maquiavélicos.
Mwanza Mukondolo
São cada vez mais insistentes e consistentes as notícias que aludem ao facto de que o actual líder do Galo Negro, Adalberto Costa Júnior, ao contrário da sua «capa» de «bom rapaz», é um indivíduo bastante arrogante e embusteiro, que quer, seja por que meios forem, atingir sórdidos objectivos.
Nos últimos dias, têm sido divulgadas mensagens, sobretudo a nível das redes sociais, referindo que Adalberto é o ‘mentor’ de uma campanha, que estará a liderar, para a formação de uma dita «’frente ampla’ para enfrentar o MPLA», quando na realidade, há indícios claros que a propalação das referidas mensagens são obra sua, para confundir a opinião pública e manter a UNITA num impasse.
A jogada consiste, para além de aproveitamento político, em desestabilizar a UNITA, criando divisões internas e enfraquecê-la, usar a subversão para agitar as populações, valendo-se da actual crise que se vive no país com todas as suas consequências, quebrando a estabilidade e harmonia, com manifestações de rua que, naturalmente, acabarão por resvalar para a violência e implantar o caos social.
A propósito deste assunto, na linha da estratégia de ludibriar a sociedade, Adalberto Costa Júnior afirmou que «o seu partido não vai engolir sapos e estará na linha da frente do combate por uma Angola para os cidadãos nem que, para isso, no limite, tenha de sair às ruas».
Subentende-se desta postura do líder do considerado maior partido da oposição, que surge logo a seguir a diversas referências sobre estranhos financiamentos que terá recebido, proveniente de círculos devidamente identificados e de alegados «marimbondos», que a desestabilização social e a implantação do terrorismo doméstico estão dentro dos seus objectivos.
Embora a UNITA, que está a ser devidamente manipulada por Adalberto, tenha refutado tais «alianças» e o respectivo apoio, considerando as notícias como «totalmente caluniosas, irresponsáveis e inaceitáveis», a verdade é que, a nível internacional, tem havido cada vez mais referências de evidências criminosas perpretadas por Adalberto Costa Júnior, no sentido de se criar estratégias macabras para desestabilizar o país.
Quando do processo eleitoral na UNITA, para a substituição de Isaías Samakuva, recorde-se que, perante os demais candidatos, Adalberto não teria formas de chegar à presidência do partido. Tal só foi possível devido aos «estranhos» apoios financeiros que recebeu, assim como pela crença, em alguns sectores do partido, imbuídos da ideia que a eleição de Adalberto, que consideravam «um indivíduo inteligente e muito combativo», daria uma «nova imagem» à UNITA e a catapultaria para altos patamares, tornando-a uma força política potente para conquistar o poder nas próximas eleições, contrariando os interesses do MPLA.
Em muito pouco tempo verificou-se que foi um terrível engano, com Adalberto a criar divisões para melhor reinar, levando a UNITA para o abismo, em vez de a tornar num partido melhor.
Para analistas do panorama político nacional, «o país está diante de um dilema em que a situação económica e social do país tem servido de pretexto para atingir-se objectivos que em vez de trazer benefícios para os angolanos, poderá evoluir para uma tragédia e Adalberto, astutamente, está a aproveitar-se para enganar a UNITA e a sociedade em geral».
«Adalberto não está com meias medidas e não olha a meios para atingir fins inconfessos», sublinham os analistas.
No seio da UNITA é cada vez maior a insatisfação em relação ao desempenho do seu actual presidente.
Por este facto, Adalberto Costa Júnior, usando a táctica dos ratos de «morder e soprar», desdobra-se em esforços para conquistar simpatias internas e não só, ao mesmo tempo que manipula para conspurcar potenciais substitutos na presidência da UNITA, como é o caso de Kamalata Numa, assim como cria entraves a todos quantos possam fazer-lhe frente.
Porém, cego pela sua ambição, esquece-se, ou não sabe, que o poder conquista-se e não se consegue apanhando boleias. Assim sendo, pela avalanche de críticas e acusações provenientes de todos os quadrantes, bem como pelo clima melindroso instalado entre os militantes e mesmo em diferentes meios da sociedade, Adalberto não vai conseguir sustentar a sua arrogância e mentiras para sempre.
Um «malabarista» como ele não pode ser e nunca será presidente de Angola. Nem os militantes da UNITA, nem o Povo Angolano irão consentir semelhante barbaridade!