✍? Por joseca_makiesse
I – PROCURA DE TALENTOS & OS TALENTOSOS
Muitos políticos, empregadores, agentes culturais e desportivos (os selecionadores) procuram ou solicitam pessoas que se mostrem mais capazes para exercerem determinadas actividades, com bases nas suas respectivas capacidades para as exercer e, complementarmente, nas suas qualidades morais e comportamentais (os selecionados). Esses são os mais exigentes. Não é uma crítica. É apenas referência a requisitos que têm sido apresentados por alguns selecionadores aos selecionados. Com efeito, nos nossos dias, não se requer apenas indivíduos que tenham capacidade de exercer determinadas as tarefas, nomeadamente, as profissionais. Também é importante que se tenham em conta as boas qualidades humanas de um beneficiário de oferta de uma ocupação. Um bom grande jogador, particularmente, os dignos de premiações internacionais, não basta que seja tecnicamente excelente. Também se leva (deve levar) em conta as suas boas qualidade comportamentais, de modo a ser um influência positiva para os jovens, em particular os seus fãs.
Na verdade, os selecionadores apenas procuram e escolhem os candidatos ou as pessoas sugeridas que eles julga serem os melhores para determinadas tarefas. Por isso, deve haver uma consideração recíproca entre ambas as partes, na medida em que cada uma partes precisa da outra. Com base neste pensamento, não faz sentido, que o seleccionador espere vassalagem ou exija sempre humildade da parte do selecionado, que se traduza em não criticar eventuais acções, omissões ou declarações negativas dos selecionador ou ainda não as apoiar, por razões justificáveis.
II – RECONHECIMENTO & GRATIDÃO ?
Sabemos que o reconhecimento e a gratidão são aspectos positivos dos homens. Por conseguinte, devem ser incentivados e enaltecidos. Contudo, ninguém deve ser menosprezado ou humilhado por lhe ter sido dada oportunidade de se candidatar ao exercício de quaisquer actividades, especialmente os talentos ou os mais bem preparadas para o efeito.
O seleccionador e o selecionado devem fazer o que lhes cabe. Cada um, na sua posição, contribui para que um projecto seja bem sucedido. Portanto, cada um tem a sua obrigação contratual, independentemente de haver ou não formalismos. Como é óbvio, os primeiros pretendem os melhores para desenvolver os seus projectos políticos, económicos ou sociais e os segundos oferecem o seu talento ou, mais modestamente, a sua capacidade física e/ou intelectual para os materializar com êxito os projectos lhe são apresentados como desafio.
No que toca à personalidade, entre os seleccionadores e selecionados distinguem-se os humildes dos arrogates e os ingratos dos que tenha gratidão. Os selecionadores humildes reconhecem e agradecem aos seus colaboradores (selecionados) pelo contributo para o sucesso dos seus projectos. Essas pessoas de louvável personalidade pensam ou dizem, por exemplo:
- “Graças ao talento e/ou empenho dos colaboradores eu sou/fui o Presidente da República.”,
- “Obrigado, meus colaboradores pelo sucesso desta empresa (“minha”), que, na verdade, também vossa, pois cada um, na sua tarefa, contribuiu para os seus bons resultados”;
- “Estou feliz por ter sido eleito melhor treinador do meu país. Não posso deixar de agradecer aos meus jogadores pelo grande profissionalismo. Todas as vitórias foram obtidas com base no grande espírito de equipa”.
Contudo, os selecionadores arrogantes exigem que os selecionados lhes prestem vassalagem ou que os enalteçam, ainda que gratuitamente. Muitos deles pensam ou chegam mesmo a produzir declarações como estas: 1. “Graça a mim, ele/ela chegou aonde chegou.”, “Ele era um zé-ninguém! Era um autêntico desconhecido e mal-vestido. Se, hoje, é famoso e bem apresentado, graças a mim. Ingrato de merda!”; 2. “Fui eu quem a tirou da pobreza, ao tê-la convidado para trabalhar na minha empresa. Como é capaz de criticar uma das minhas empresas?!”; 3. “Se Fulana não fosse agenciado por mim, jamais, seria a grande modelo que é. Mas que tamanha ingratidão!…”; Se eu não o/a nomeasse como ministro/a das relações exteriores, ele/ela, jamais seria uma importante figura naquela organização internacional”.
Os indivíduos com pensamentos ou atitudes mencionadas nos últimos pontos ignoram o talento ou a excelência profissionais pessoas que tenham sido selecionadas.
Benditos são todos os que reconhecem e os que agradecem às pessoas merecedoras de reconhecimento e gratidão pelos seus feitos, que tenham alterado positivamente as suas vidas! Malditos são os arrogantes, nomeadamente, os que se julgam terem poderes sobre as pessoas a quem tenham dado a oportunidade de evoluir em determinadas actividades.
III – O SENTIDO DA PALAVRA “INGRATIDÃO”
Gostava que as pessoas soubessem que “ingratidão” não tem nada a ver com críticas proferidas pelo selecionado às acções ou omissões negativas do selecionador. “Ingratidão” resulta do facto de alguém prejudicar frivolamente
uma pessoa que lhe tenham feito o bem ou, dolorosamente, causar danos a um dos membros da sua família. Reitero que não constitui “ingratidão” o facto de se criticar acções, declarações e omissões negativas de pessoas que tenham ajudado ou contribuído para evolução profissional do beneficiado, pois se assim fosse e em conta que o “maior bem é a vida, ninguém seria capaz de criticar os seus progenitores pela suas acções, omissões e declarações negativas, dado o facto de eles terem gerado e/ou criado o seu filho, que se coloca na posição de crítico. Como base nisto, deixo as seguintes perguntas de reflexão:
- Considerarás “ingrato” um trabalhador a quem tenhas dado emprego, mas te denunciar por não teres pagado os impostos devidos da tua empresa, depois de ele, uma ou outra vez, já te ter chamado atenção sobre esse facto negativo, que prejudica o teu país?
- Se o seu filho o vir maltratar a sua mulher (a mãe dele), considerá-lo-á “ingrato”, só por lhe dado a vida?