Início Mundo No Rio de Janeiro polícia não dá tréguas a grupos que podem perturbar eleições

No Rio de Janeiro polícia não dá tréguas a grupos que podem perturbar eleições

por Redação

Uma acção integrada entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil do Rio de Janeiro interceptou na noite de quinta-feira (15) um comboio de milicianos na rodovia Rio-Santos em Itaguaí, zona oeste do Rio de Janeiro.

Durante a operação, os suspeitos teriam reagido com tiros e os 12 ocupantes do comboio acabaram mortos no confronto. Segundo a Polícia Civil, um homem apontado como o chefe da milícia em Itaguaí e região, está entre os mortos. Um policial chegou a ser atingido pelos disparos, mas foi protegido pelo colete à prova de balas.
Os policiais também apreenderam oito fuzis, além de diversas pistolas, munições, carregadores, aparelhos de comunicação e os quatro carros que faziam parte do comboio.
O grupo vinha sendo monitorado pelo serviço de inteligência da Força Tarefa, que apurou a frequente movimentação de suspeitos naquela região e na Baixada Fluminense.
Numa análise preliminar foi apurado que os investigados utilizavam fardamento militar, coturnos e coletes à prova de balas. Além disso, descobriu-se que os veículos utilizados eram oriundos de roubo e adaptados.
Na mesma senda, cinco suspeitos de integrar a maior milícia do país foram também mortos na quarta-feira (14), à noite, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em uma acção da Polícia Civil para coibir a interferência de grupos paramilitares nas eleições deste ano.
Agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) foram ao local após receberem denúncia de uma reunião de homens armados em uma região conhecida como Km 32, sob domínio da milícia chefiada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, que integra a lista dos criminosos mais procurados do país. A Polícia Civil agora investiga se o grupo tem ligações com candidatos ao pleito
A acção faz parte de uma força-tarefa montada para monitorar acções suspeitas de organizações criminosas nas eleições. «Não podemos dar maiores detalhes da investigação porque as informações são sigilosas. Podemos adiantar apenas que a Polícia Civil vai investigar qualquer aglomeração de criminosos às vésperas da eleição», disse ao UOL o delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de planejamento e integração operacional da Polícia Civil.
Segundo a polícia, houve confronto após os agentes terem sido recebidos a tiro quando se aproximavam do local. Os suspeitos mortos ainda não foram identificados. Na acção, foram apreendidas cinco pistolas semiautomáticas, um simulacro de fuzil, fardamento, entre outros equipamentos militares.

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