Resultados provisórios das eleições na África do Sul, realizadas a 01 de Novembro, apontam para mínimos históricos do partido liderado por Cyril Ramaphosa, com perdas em alguns bastiões eleitorais
O histórico partido sul – africano, ANC (Congresso Nacional Africano), está a ser penalizado pelo eleitorado, não só pela crise económica, associada à pandemia de Covid-19, mas também pelos múltiplos casos de corrupção envolvendo o ex-Presidente Jacob Zuma.
A acção judicial contra Jacob Zuma e alguns dos seus principais apoiantes no partido ealguns ex-governantes, tem aprofundado divisões internas com a ala mais próxima de Cyril Ramaphosa.
Os actuais resultados eleitorais, considerados historicamente baixos para o partido nas eleições locais, tenderão a fragilizar a posição do actual Presidente da República.
Assim sendo, os resultados das eleições na África do Sul, realizadas a 01 de Novembro, apontam para mínimos históricos do partido liderado por Cyril Ramaphosa, com perdas em alguns bastiões eleitorais.
A Comissão Eleitoral Independente (IEC, na sigla em inglês), já apurou mais de dois terços dos votos. A Aliança Democrática (DA) lidera na capital, Tshwane (antiga Pretória), com 35%, seguido do ANC com 32%, e do Economic Freedom Fighters (EFF, de esquerda radical) com 10% dos votos.
Em Joanesburgo, capital económica do país, o ANC lidera com 32%, seguido do DA com 29% e do novo partido ACTION SA com 16%.
Na Cidade do Cabo, a contagem de votos do IEC indica que a DM lidera destacada com 62% relativamente ao ANC (13%). A AD regista também 12% no KwaZulu-Natal, bastião histórico do ANC, que lidera com 42%, não devendo chegar à maioria. Nas eleições locais de 2016, o ANC obteve 53% e a AD 22%.
É caso para dizer que o ANC está na “corda bamba” e, pela primeira vez, depois do “apartheid”, pode perder as eleições e passar para a oposição! (Com agências)