Segundo estimativas de especialistas do sector, há nos últimos dias a percepção de, a moeda nacional kwanza, ter estancado momentaneamente a sua vertiginosa descida, fruto do preço do barril de Brent calculado acima de 45 dólares.
Assim, descrevem os expert’s, o kwanza recuperou ligeiramente, na última semana, 0,5%, contrastando com a subida registada na semana anterior de 1,75% , o que permitiu atenuar as quebras registadas no último ano.
Por esse motivo, o câmbio da moeda angolana está actualmente em cerca de 640Kz por um dólar no mercado oficial, porque no mercado paralelo ronda os 800Kz por dólar.
Nos últimos 12 meses o kwanza acumulou uma perda superior a 36% face ao dólar norte-americano e de 47% em relação ao euro, facto que encarece as importações, situação que o Governo tenta substituir rapidamente em plena crise económica.
Entretanto, alegam os especialistas, a fraqueza do kwanza, associada à necessidade de compras e pagamentos ao estrangeiro, acelerou a descida de reservas de moeda estrangeira do Banco Nacional de Angola, que baixaram para 9,17 mil milhões de d+olares, menos de 2,54 mil milhões de dólares desde Dezembro de 2019.
Neste caso, em relação a Outubro de 2017, a quebra das reservas de divisas é superior a 50%, quando se situavam à volta dos 15 mil milhões de dólares que, por sua vez, era metade do nível de 2013/2014.
A subida do barril de Brent também se reflectiu nas obrigações em moeda estrangeira (Eurobonds), cujas taxas de juro desceram abaixo de 10%, na maturidade a 10 anos, o nível mais baixo desde Março do corrente ano, quando a situação económica agravou-se devido à situação de pandemia, obrigando o encerramento de empresas, acentuando o desemprego e salários em atraso, situação que faz aumentar o descontamento da população, sobretudo, pela percepção que se tem da má gestão da coisa pública por parte de alguns governantes. FM