Início Economia BNA forçado a subir taxas de juro e a situação de carência dos cidadãos amedronta Executivo

BNA forçado a subir taxas de juro e a situação de carência dos cidadãos amedronta Executivo

por Redação

O Banco Nacional de Angola (BNA) deverá forçar uma subida das taxas de juro a curto prazo, em função da manutenção da inflação anual a níveis elevados (25,1% em Dezembro de 2020 e 24,4% em Janeiro do corrente ano).

Segundo notícias postas a circular, a expectativa dos sectores financeiros é de uma subida da taxa de referência de 15,5%, nível mantido desde 2019, para 16%. Contudo, a origem da inflação encontra-se mais do lado da oferta do que da procura.
O principal factor é a forte depreciação do kwanza, que perdeu mais de um terço do seu valor em relação ao dólar em 2020. Apesar dos esforços de aumento da produção interna, o mercado continua dependente de importações.
As notícias referem que o governador do BNA, José Lima Massano, tem resistido a um aumento das taxas de juro, dado o risco de aprofundamento da recessão.
Em Janeiro, da última reunião do Comité de Política Monetária, saíram indicações de revisão da medida, dado o afastamento em relação aos objectivos para a inflação, prevendo a meta do Governo em 18% para 2021 e abaixo de 10% em 2022.
Enquanto isso, crescem as preocupações, em meios do Executivo, por causa da subida da inflação, e o consequente desgaste do poder de compra da população que está a agravar as condições de vida dos cidadãos, o que tem sido fruto de protestos contra a actual governação, como os que já se registaram em Luanda e também em outras localidades do país, e foram reprimidos com violência.
Nos sectores financeiros há esperança de que o BNA volte a descer as taxas de juro, de forma a criar condições para estímulo do crédito e investimento, tão logo a inflação comece a baixar de facto.
A perspectiva dos referidos sectores, reside também na recente subida do preço do petróleo no mercado internacional, aventando-se melhorias para a economia e, consequentemente, para as finanças públicas em 2021.
Assim sendo, as projecções para o défice orçamental são agora mais favoráveis, tal como em relação ao nível de quebra da actividade económica. As principais previsões para o preço do barril de Brent para o ano corrente, que se situavam em cerca de 50 dólares, estão a ser superadas, pois o preço está já acima dos 60 dólares. *(Com agências)

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