A eleição dos novos corpos sociais da Federação Angolana de Futebol (FAF), para o ciclo olímpico 2020/24, realiza-se no dia 14 de Novembro, sendo os resultados escrutinados divulgados no mesmo dia pela Comissão Eleitoral.
Santos Pereira
É já no próximo sábado, 14 do corrente mês, que a Federação Angolana de Futebol (FAF) e os amantes do desporto, particularmente do futebol, vão conhecer quem será o condutor dos destinos do “desporto-rei” em Angola nos próximos quatro anos.
Estão “perfilados” para concorrer: Nando Jordão (lista A), Artur de Almeida e Silva,presidente cessante, (lista B), António Gomes “Tony Estraga” (lista C) e José Alberto Macaia (lista D). Entretanto, a lista do candidato Norberto de Castro foi chumbada, situação que originou muita polémica.
Os candidatos à presidência da Federação Angolana de futebol (FAF), desdobraram-se em intensas campanhas na caça ao voto, por diversas províncias do país, cada acenando ao eleitorado com promessas aliciantes de melhorias e de fazer o que nunca terá sido feito na história do futebol em Angola.
Porém, as simpatias eleitorais recaiem para o candidato Artur de Almeida e Silva da lista B, que concorre à sua própria sucessão, que apresenta um programa de continuidade, assente na organização de competições, infra-estruturas, formação e comunicação e marketing.
Em declarações à imprensa, disse que prestará maior atenção às competições internas e internacionais. Nos pr ximos quatro anos, propõe-se continuar a formar quadros administrativos e técnicos, trabalhar para o crescimento do número de praticantes, nos diferentes escalões, em ambos os sexos.
Tendo como lema de campanha «Renovar na Continuidade, Servindo o Futebol e a Nação», Artur Almeida diz que manterá o trabalho visando uma completa moralização do futebol nacional. Lembrou que desde altura da sua tomada de posse, em 2016, o país registou dificuldades financeiras, o que inviabilizou a realização das tarefas previamente estabelecidas.
No entanto, enumerou conquistas como a visita ao pa s, em Novembro de 2019, do Presidente da Federa o Internacional de Futebol Associado (FIFA), Gianni Infantino, bem como do Presidente da Confedera o Africana de Futebol (CAF), Ahmad Ahmad. Na mesma, esteira, é preciso não esquecer que Artur de Almeida e Silva desempenhou um importante papel junto de instâncias internacionais do desporto, com destaque para o futebol, tendo conseguido importantes apoios.
Artur de Almeida, declarou que se recandidatou ao cargo para o período 2020/2024, a fim de materializar os projectos de desenvolvimento do futebol nacional financiados pela Federação Internacional (FIFA), admitindo que o seu elenco cumpriu apenas 70 por cento do programa anterior, muito condicionado pela situação de crise financeira do país e que afectou também a FAF. O responsável revelou que, a título de exemplo, a FAF necessitava de 12 milhões de dólares americanos/ano, para fazer face as suas despesas. Como a pretens o da FAF era transformar o futebol nacional numa grande indústria, recorreu à diplomacia internacional, já que os patrocinadores internos haviam-se retirado e pendia também sobre o país a suspensão dos apoios por parte da FIFA.
Entretanto, «o país entrou numa grande crise que afectou o futebol, condicionando os nossos planos e objectivos. Assim, quem nos poderia salvar é a FIFA, a quem recorremos e prometeu-nos ajuda, depois da conclusão de uma auditoria interna. Por isso, somos candidatos para dar cumprimento e materializar o dos projectos existentes», disse.
Recorde-se que, nesse sentido, a FIFA já financiou a FAF com a quantia de um milhão e meio de dólares, dinheiro que foi repartido para os diversos actores do futebol pelo país.
Por tudo o que fez durante o seu primeiro mandato, em meio a tantas dificuldades e muitas polémicas levantadas contra si, Artur de Almeida e Silva é realmente o homem certo, no momento certo e para o lugar certo.
Deia-se-lhe o benefício da dúvida, pois é a melhor aposta para a FAF para os próximos quatro anos. Aos integrantes das demais listas, que apoiem com a sua sabedoria e disposição os projectos de Artur, e da FAF, em benefício do bem comum e do futebol em geral. Todos só têm a ganhar e o país também!