Camilo Lemos é escritor e presidente da Associação dos Jovens Amigos da Literatura (AJAL) e lançou, na terça-feira (28), duas obras literárias intituladas “O ventre da sabedoria” e “Sou eu mesmo o Angolano”. O evento aconteceu no Shopping Avennida do Morro Bento em Luanda
Victor Kavinda
O jovem autor, Camilo Lemos, é dos poucos, se não o único da nova geração, a estrear-se com duas obras literárias, passando a ser conhecido, na literatura angolana e internacional, pelo pseudónimo de Camilo Lemos Caçador.
“Para mim é um prazer dar o meu testemunho sobre um profissional, um escritor, um ser humano que é tão profissional, acarinhado e ao mesmo tempo tão resiliente, onde o sonho comanda a vida. E quando temos sonho, devemos ter objectivos, planos, devemos ter caminho que vamos fazer para atingir os mesmos sonhos”.
Segundo o autor, o livro intitulado “sou eu mesmo o angolano” é uma obra que reflecte a vivência de muitos de nós com um olhar acutilante, preocupado também. “E mesmo que seja em poesia, não deixa de ser também um olhar de intervenção e uma necessidade que todos temos de olhar o outro, de servir e de contribuir para uma melhoria daquilo que é o nosso país”.
Para Kamia Madeira, administradora executiva da Fundação BAI, os provérbios e as parábolas são enunciados que constituem o mosaico sapiencial de um povo e de uma nação. São palavras sábias que caracterizam a sabedoria de um povo, enquanto forma de comunicar eficazmente e através das experiências de uma geração, educar, mobilizar, transformar a cultura comportamental da nova geração.
“Se os provérbios e as parábolas são por si excelentes formas de transmitir sabedoria e comunicar com eficácia, abre-se, à partida, um convite aos coaches, palestrantes, conferencistas, políticos, pastores, evangelistas, juristas, advogados, comerciantes, empreendedores e pais de família, para fazerem da obra o estrado das suas ideias, o condimento necessário para pintar de persuasão a sua comunicação”.
Por outro lado, o autor, Camilo Lemos Caçador, acrescentou que cada provérbio ou parábola reflecte uma vivência que pode caracterizar uma época, uma geração ou mesmo um testemunho. “Por isso constituem sabedoria. São conhecimentos de anciãos. Por esta razão, foram sempre criados e transmitidos por assembleias de anciãos, sobas, regedores, membros de famílias que sempre carregaram a responsabilidade de resolver problemas”, frisou.